A empresária bem sucedida e a B2BR haviam sido condenadas em junho do ano passado, em caso resultante da operação “Caixa de Pandora”. A ação começou a tramitar em 2011. A condenação dos agentes públicos foi mantida.
Cristina Boner e a empresa B2BR foram absolvidas pelo TJ-DFT nesta quarta-feira (24/6) da acusação de improbidade administrativa. A decisão foi tomada por cinco desembargadores, de forma unânime. Boner é ex-mulher do advogado Frederick Wassef.
Ela e a empresa haviam sido condenadas em junho do ano passado, em caso resultante da operação “caixa de pandora”. A ação começou a tramitar em 2011. A condenação dos agentes públicos foi mantida.
A empresa estatal de planejamento do Distrito Federal — Codeplan — havia contratado por R$ 9,8 milhões a empresa B2BR — da qual Boner é sócia —, que atua no ramo da informática. Um ex-secretário do governo do DF, em delação, afirmou que o contrato foi firmado após pagamento de propina. O episódio ganhou holofotes depois da divulgação de um vídeo no qual Durval Barbosa, então secretário no governo, entregou R$ 50 mil ao governador da época, José Roberto Arruda [ex-DEM e hoje no PSL].
Julgamento
Segundo a relatora do caso, desembargadora Sandra Reves, “o Ministério Público não se desincumbiu do ônus de comprovar que a sociedade empresária e sua representante induziram ou concorreram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiaram, sob qualquer forma, direta ou indireta”.
“A gravação realizada pelo secretário de assuntos sindicais referente à reunião realizada com a representante da pessoa jurídica — prova principal que lastreou a condenação das particulares na respeitável sentença — possui o condão de demonstrar apenas e especificamente a intenção dolosa do gestor público de direcionar a contratação de sociedade empresário”, acrescentou.