Primeira unidade escolhida foi a UBS 16 do Sol Nascente
Começou a funcionar, nesta terça-feira (18), o projeto-piloto da sala de acolhimento, destinada a organizar o fluxo de pacientes na Atenção Primária de Ceilândia. O atendimento teve início na Unidade Básica de Saúde (UBS) 16 do Sol Nascente. A partir de hoje, uma enfermeira atenderá, na sala, as demandas espontâneas e emergenciais da população do Trecho 1 da região, das 7h às 18h.
“A sala de acolhimento é um serviço que visa a garantir mais acesso ao usuário. O enfermeiro que vai compor essa sala é respaldado para dar resposta a essas demandas espontâneas da Atenção Primária, de forma a direcionar o cuidado e garantir que os usuários acessem o serviço”, afirmou o coordenador da Atenção Primária à Saúde, Elissandro Noronha.
Uma dessas usuárias foi a dona de casa Maria do Socorro, 43 anos, que levou à UBS seu filho de 13 anos com catapora. Para ela, o atendimento na sala de acolhimento foi excelente. “Achei muito bom. A enfermeira me atendeu bem, passou remédio, explicou tudo direitinho e deu atestado. Ocorreu tudo como deveria ser”, relatou.
Segundo a enfermeira responsável pela sala de acolhimento, Catharine Miranda, o objetivo principal do serviço é melhorar o fluxo e dar uma resolutividade maior aos atendimentos. E destacou: “Tenho a possibilidade de atender, avaliar e prescrever. Resolvo problemas do paciente, dos casos agudos aos mais simples e, com isso, consigo minimizar a quantidade de atendimentos das outras equipes da UBS, que já atendem de forma mais contínua”.
TRIAGEM – Para facilitar a triagem dos pacientes logo na entrada da unidade de saúde, um servidor será destacado, nos próximos dias, para atender as pessoas assim que chegarem à UBS.
“Hoje, a grande reclamação que temos, na Saúde, é o bate e volta que a população faz nas unidades, de chegar e não conseguir uma porta de entrada. Com esse servidor na entrada, eles serão direcionados para o devido lugar. Tendo acesso à Sala de Situação, eles podem informar ao paciente para qual UBS devem ir, e sobre o atendimento da sala de acolhimento”, explicou o diretor da Atenção Primária da Região de Saúde Oeste, Maurício Fiorenza.
VULNERABILIDADE – De acordo com o diretor, a ideia do projeto-piloto é instalar as demais salas de acolhimento em UBSs de Ceilândia que atendam pessoas em uma situação maior de vulnerabilidade social.
“Somente em Sol Nascente, são 96 mil pessoas. Se somar com Pôr do Sol, pode chegar a 120 mil. E ainda tem a Expansão do Setor O, que é tão vulnerável quanto eles. Por isso, estamos avaliando formas de atender melhor nessas regiões”, contou Fiorenza.
PLANEJAMENTO – O fortalecimento do fluxo de atendimentos, nas unidades de saúde em Ceilândia, foi planejado por gestores da Secretaria de Saúde e alinhado entre os profissionais da área em reunião na última quarta-feira(12), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região administrativa.
O planejamento inclui instalar salas de acolhimento em UBSs específicas de Ceilândia para que os pacientes sejam atendidos o quanto antes nessas unidades. Nisso, alguns profissionais serão realocados da rede pública de saúde para as UBSs, de forma a prestarem o serviço.
Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF