Castração química para crimes sexuais gera impasse no governo

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Castração química para crimes sexuais contra crianças pode ser vetada pelo governo

 

 

A proposta de lei aprovada na Câmara dos Deputados em dezembro de 2024, que prevê a castração química como punição complementar para crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes, enfrenta a possibilidade de veto pelo governo federal. A medida, que integra um pacote de segurança pública, prevê sua aplicação em conjunto com penas de prisão e outras sanções para delitos graves como:

  • Produção e distribuição de material pornográfico infantil
  • Simulação de cenas de sexo envolvendo menores
  • Aliciamento de menores
  • Estupro de vulnerável
  • Prostituição infantil

Apesar da aprovação na Câmara, o governo manifestou oposição à proposta, argumentando a falta de comprovação científica sobre sua eficácia. “Não há evidências de que a castração química reduz a reincidência desses crimes ou contribua de maneira significativa para a segurança pública”, justificou um representante do Planalto.

Divisão política

Partidos como PL e Novo orientaram suas bancadas a votar favoravelmente à proposta, enquanto o governo mobilizou sua base para rejeitá-la. Caso o Senado aprove o texto sem alterações, o Planalto já sinalizou que recorrerá ao veto presidencial.

A polêmica medida reacendeu debates sobre justiça, punição e prevenção de crimes sexuais, dividindo opiniões entre especialistas, parlamentares e a sociedade. Críticos apontam que a castração química viola direitos humanos e pode ser considerada uma punição cruel, enquanto defensores argumentam que ela é uma resposta necessária contra crimes de extrema gravidade.

O destino da proposta agora depende do Senado e da decisão final do presidente da República, caso o veto seja mantido.

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