Ricardo Cappelli tenta se aproveitar de investimentos em Sol Nascente enquanto ignora as necessidades reais da comunidade
Por 20 anos, Sol Nascente/Pôr do Sol fez parte da região administrativa de Ceilândia, até o desmembramento em 2019. Atualmente, com 70.908 habitantes, a região tem recebido investimentos significativos, que somam R$ 630 milhões. Esses recursos foram aplicados em diversas áreas essenciais para a melhoria da infraestrutura e da qualidade de vida dos moradores, incluindo Educação, Saúde, Mobilidade, Moradia, Saneamento básico, Limpeza urbana, Segurança pública e Sinalização de trânsito.
Entre as melhorias realizadas, destacam-se a construção de creches, a construção de uma rodoviária, a inauguração de um hospital de campanha, a implementação do programa Melhorias Habitacionais, além da abertura de licitação para a construção da sede da Administração Regional.
No entanto, a 1 ano e 10 meses das eleições para o governo do DF, surgem figuras oportunistas que tentam se aproveitar da situação da comunidade, utilizando as benesses de investimentos já realizados ou ainda em andamento para promover suas próprias agendas políticas. O GDF, por sua vez, já apresentou diversos projetos para a região em 2025, abrangendo todas essas áreas, mas a sombra de interesses eleitorais paira sobre o futuro.
Um exemplo claro desse oportunismo é Ricardo Cappelli, que, de forma um tanto forasteira, chegou à cidade sem trazer consigo soluções concretas para a comunidade. Com um tom sarcástico, se apresenta como pré-candidato ao governo do DF em 2026, antecipando uma campanha eleitoral antes mesmo do período permitido. Afirmando ser representante do governo Lula, o qual teve a maior rejeição na capital nas últimas eleições, ele parece mais interessado em se promover do que em realmente entender as necessidades da população.
Com um contracheque de quase R$ 50 mil mensais, custeado pelo emprego público da União, e aliado do ex-governador Rodrigo Rollemberg, do partido de esquerda, que foi responsável por atrasos significativos no desenvolvimento do DF – até mesmo uma ponte chegou a cair durante seu governo – Cappelli parece mais uma figura de passagem do que um verdadeiro agente de mudança para a região.
Antes de visitar Sol Nascente, talvez Ricardo Cappelli devesse ter perguntado ao próprio presidente Lula, que esteve na região em 8 de novembro de 2024 e fez uma observação curiosa sobre o local. Durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do campus do Instituto Federal de Brasília (IFB) de Sol Nascente, Lula afirmou: “Fiquei olhando e perguntei onde estava a favela. Sol Nascente não tem nada a ver com aquilo que a gente conhece de favela em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará… isso aqui é melhor do que muitos bairros de classe média baixa em São Bernardo do Campo (SP)”.
Tal declaração, que teve grande repercussão, revela uma realidade muitas vezes distorcida por aqueles que, de longe, julgam a situação das regiões do DF sem realmente compreendê-las. Pelo visto, Ricardo Cappelli, assim como muitos outros, não conhece as especificidades das regiões administrativas do Distrito Federal e seus números. Talvez ele devesse investir em algumas aulas com o presidente Lula sobre a realidade do DF e, quem sabe, deixar de lado a figura de pupilo do ex-governador Rodrigo Rollemberg.