Câncer de mama e ovário: vacina pode chegar ao mercado em até 8 anos

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Pesquisadores estudam formas de estimular o sistema imunológico do corpo a eliminar as células cancerígenas.

 

Pesquisadores americanos revelaram ter desenvolvido uma vacina que pode interromper a recorrência de câncer de mama e ovário. Ela deverá estar disponível nos próximo oito anos. A equipe da Mayo Clinic, renomada clínica médica nos Estados Unidos, ainda revelou que a vacina também poderia impedir o desenvolvimento desses dois tipos de câncer.

“É razoável dizer que poderíamos ter uma vacina dentro de oito anos que pode estar disponível para os pacientes em farmácias e consultórios médicos”, disse Keith L. Knutson, da Mayo Clinic, à revista Forbes. A pesquisa está em fase inicial. Levará pelo menos três anos até que a vacina contra o câncer seja testada em um maior número de pacientes.

Os cientistas disseram também que já criaram uma vacina contra o câncer de mama triplo negativo (15% a 20% dos casos) e outra para o câncer de mama HER2 positivo (20% dos casos), além de estarem trabalhando em uma terceira voltada para o carcinoma ductal in situ — um câncer de mama não invasivo que corresponde a até 30% dos casos de tumores mamários.

De acordo com a Mayo Clinic, as vacinas são todas seguras, têm poucos efeitos colaterais (apenas irritação na área de aplicação) e apresentaram resultados positivos nos cânceres que tratam. “Agora precisamos convencer o FDA [agência americana que regula medicamentos] por meio de ensaios clínicos sólidos e rigorosos”, comentou Knutson.

Tratamento e prevenção

As vacinas desenvolvidas pelos pesquisadores atuam estimulando o sistema imunológico do corpo a eliminar as células cancerígenas. O objetivo do imunizante é treinar o organismo para que possa reconhecer células doentes e seja capaz de eliminá-las antes que cresçam e se tornem tumores. “Se você tiver um resfriado, por exemplo, seu corpo vai desenvolver uma resposta imune. Isso não necessariamente evita a doença, mas consegue evitar prejuízos graves ou ajuda a eliminá-la”, explica Knutson.

O especialista ainda disse que a combinação das vacinas com a detecção precoce e as terapias apropriadas para minimizar a doença podem levar a reduções na recorrência do problema. Apesar disso, as vacinas em fase de testes clínicos servem apenas para câncer de mama e ovário já que cada câncer é diferente. A boa notícia é que equipes de pesquisa em diversas partes do mundo estão buscando desenvolver vacinas para um tipo específico da doença.  (Veja)

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