Câncer de Mama: Diagnóstico e tratamento rápido no Distrito Federal

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Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada para as pacientes e o início da vitória sobre a doença. Entre janeiro e setembro de 2023, DF registrou 430 novos casos na rede pública. Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Rastreamento e tratamento ágeis: Um combate eficiente ao câncer de mama no Distrito Federal

 

 

 

O câncer de mama é uma preocupação crescente no Brasil, especialmente no Distrito Federal, onde os números de casos continuam a aumentar. De acordo com dados recentes, entre janeiro e setembro de 2023, foram registrados 430 novos casos da doença na rede pública da capital federal.

 

 

No mesmo período, o sistema público de saúde realizou um total de 10.556 mamografias bilaterais para rastreamento e 1.411 mamografias comuns, buscando identificar precocemente a presença do câncer. Além disso, 2.572 sessões de quimioterapia, 149 de radioterapia e 131 mastectomias foram realizadas como parte do tratamento das pacientes afetadas por essa doença.

 

 

A Unidade Básica de Saúde (UBS) desempenha um papel fundamental no combate ao câncer de mama. Também conhecida como “postinho”, a UBS é a porta de entrada para o diagnóstico da doença. Pacientes que apresentam os primeiros sintomas, como nódulos, alterações na pele da mama, secreções mamárias, dores nos seios ou assimetria mamária, devem procurar a UBS para avaliação e encaminhamento adequado.

 

 

Além disso, a UBS desempenha um papel essencial no rastreamento da doença, recomendando mamografias a partir dos 50 anos ou em casos com histórico ou mutação genética na família. Dr. Rafael Alves Pinheiro, médico da família da UBS 19 de São Sebastião, destaca o papel crucial da UBS no acompanhamento e encaminhamento das pacientes: “A UBS é a porta de entrada preferencial. Ela tem toda essa estrutura para fazer a abordagem inicial e acompanhar ao longo do tempo essa paciente. Somos nós que pedimos os exames de rotina e, no caso da mulher com sintomas, encaminhamos para os demais exames.”

 

 

Além do diagnóstico inicial, a UBS desempenha um papel contínuo no tratamento e acompanhamento das pacientes com câncer de mama. Isso inclui coordenar o cuidado, solicitar exames adicionais, retirar pontos e direcionar para ações de práticas integrativas e grupos de apoio. As equipes multidisciplinares das UBS, que incluem psicólogos e nutricionistas, desempenham um papel crucial no apoio a essas pacientes.

 

 

Um exemplo concreto desse sistema eficiente é o caso de Valdice de Souza Roma, uma auxiliar de serviços gerais de 59 anos que recebeu o diagnóstico de câncer de mama na UBS 19 de São Sebastião. Após perceber alguns sinais da doença e resistir ao atendimento médico por algum tempo, ela decidiu fazer uma mamografia e uma tomografia por conta própria, após uma década sem realizar o exame de rastreamento. Com os resultados em mãos, procurou a UBS, onde o médico de família encaminhou-a rapidamente para o Hospital da Asa Norte (Hran). Em menos de 15 dias, ela passou pela biópsia e foi incluída na lista vermelha para cirurgia de retirada do tumor, que foi realizada em meados de setembro.

O médico Rafael Alves Pinheiro ressalta que a UBS “tem toda essa estrutura para fazer a abordagem inicial e acompanhar a paciente” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília

 

O caso de Valdice demonstra a importância do rápido diagnóstico e tratamento eficaz na luta contra o câncer de mama. O sistema de saúde no Distrito Federal está trabalhando arduamente para garantir que as pacientes recebam o cuidado de que precisam o mais rápido possível, salvando vidas e oferecendo esperança a todas as mulheres afetadas por essa doença.

 

Valdice lembra que em pouco tempo recebeu a informação de que faria o procedimento. “Quando eu recebi a ligação, ainda falei que não podia porque estava trabalhando. Saí do serviço às 9h, peguei meus exames, cheguei lá às 12h e operei. Hoje, vejo que se eu não tivesse procurado, feito os exames e o médico me colocado na lista vermelha, eu poderia ter precisado de arrancar a mama completamente. Agradeço a Deus e aos médicos todos os dias”, diz se referindo à mastectomia, que retira toda a mama. Ela passou pelo procedimento que retira apenas parte do seio.

 

 

Apesar da rapidez no processo na rede pública, Valdeci faz um alerta às mulheres em relação à prevenção. “Eu tinha feito a última mamografia em 2013. Talvez se eu tivesse feito antes, não estaria sem um pedaço do meu corpo. Aconselho a todas as mulheres que se cuidem. Sentiu uma dorzinha, surgiu um carocinho, vai ao médico. Não esqueçam de fazer a mamografia”, deu o recado.

Em menos de 15 dias, a auxiliar de serviços gerais Valdice Roma fez a biópsia e entrou para a fila de espera na lista vermelha

Atenção especializada

Assim como aconteceu com Valdice, o caminho trilhado pelas pacientes em idade de rastreamento e com suspeita de câncer de mama se inicia na UBS e, via regulação, segue para os exames nos hospitais e clínicas especializadas, bem como o tratamento, quando necessário.

 

 

Em idade recomendada para o exame preventivo, a professora Iara de Lima e Silva, 61 anos, foi encaminhada pela UBS próxima a casa dela no Guará para fazer a mamografia periódica no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

 

“Eu vim através da regulação encaminhada pela UBS onde eu sou assistida. Acho que é um serviço primordial e que realmente funciona. Foi muito rápido, desde o momento em que eu estive na unidade até o dia de fazer o exame”, comenta. “Estou aqui realmente para me prevenir de uma doença tão cruel que acomete milhares de mulheres no nosso país e no mundo”, acrescenta.

 

No caso da professora, durante o exame, nenhum indício de câncer foi identificado. Mas em uma situação contrária, ela seria encaminhada para a consulta com mastologista e depois com oncologista nos hospitais especializados da rede.

 

Com informações Agência Brasília

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