Os líderes partidários optaram por levar ao plenário da Câmara Municipal de São Paulo a decisão sobre abrir ou não uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da cidade.
A votação em plenário, cuja data será marcada na semana seguinte, foi decidida durante a reunião do Colégio de Líderes nesta terça-feira (5). Originalmente protocolada pelo vereador Rubinho Nunes, do União Brasil, no final do ano passado, a CPI tinha o objetivo de investigar o repasse de verbas públicas a ONGs atuantes na cracolândia e região central. No entanto, após críticas à intenção de investigar o religioso, pelo menos oito vereadores retiraram suas assinaturas da proposta original, que contava com o apoio de 25 vereadores.
Durante a reunião do Colégio de Líderes, realizada a portas fechadas, vídeos com supostas denúncias de abusos sexuais contra o padre Júlio Lancellotti foram apresentados pelo vereador. Os parlamentares terão até a próxima semana para definir o objeto da investigação, para então apresentar o pedido de CPI ao plenário. Para sua abertura, a CPI contra o padre Júlio Lancellotti necessitará de ao menos 28 votos dos 55 vereadores da cidade. A votação em plenário será aberta. O presidente da Câmara, Milton Leite, informou que solicitará ao Ministério Público e à Polícia Civil que acompanhem a CPI.