Caiado: “Tráfico destrói o Estado de Direito”

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Governador Ronaldo Caiado durante o XIII Fórum de Lisboa, em Portugal (Foto: Alexandre Parrode)

 

Governador de Goiás propõe ação firme contra facções criminosas em painel internacional sobre política de drogas

 

 

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu nesta quarta-feira (2/7), durante o XIII Fórum de Lisboa, uma política de tolerância zero ao tráfico de drogas como estratégia essencial para conter o avanço das facções criminosas no Brasil. O debate ocorreu no painel “Política de Drogas: Entre Segurança e Saúde Pública”.

Com experiência como médico e gestor, Caiado criticou a crescente complacência em relação às drogas, que, segundo ele, alimenta a produção, o consumo e o domínio de territórios por grupos criminosos. “Sou 100% contra a descriminalização. O tráfico cooptando jovens é a antítese do Estado Democrático de Direito”, afirmou.

Caiado citou como exemplo os casos do Rio de Janeiro e da Amazônia, além da atuação de facções brasileiras em países vizinhos e na Europa. Destacou ainda a estratégia de Goiás, baseada em ações de segurança pública integradas a investimentos em educação e políticas sociais. “É a desesperança que leva os jovens ao mundo das drogas”, pontuou.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, reforçou a análise e alertou sobre o domínio territorial do tráfico, que recruta usuários desde cedo para alimentar o ciclo criminoso.

Avanços em Goiás

O governador também apresentou dados positivos do estado: nos últimos seis anos, o número de jovens internados em centros socioeducativos caiu de 1.073 para 178, uma redução de 83%. “Com presença efetiva do Estado, quebramos o ciclo da violência”, ressaltou.

Fórum de Lisboa

Promovido pelo IDP, ICJP da Universidade de Lisboa e FGV, o Fórum de Lisboa reúne autoridades e especialistas para discutir modelos jurídicos e políticas públicas. A edição 2025 ocorre de 2 a 4 de julho, na Cidade Universitária, em Lisboa. Caiado participou do painel ao lado de nomes como o ministro do STJ, Rogério Schietti Cruz, e o diretor português João Goulão, referência internacional no enfrentamento às dependências químicas.

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