Governador apresentou resultados expressivos de Goiás no combate ao crime, destacou investimentos de R$ 17 bilhões e comparou índices com os da Bahia, estado mais violento do país
O governador Ronaldo Caiado foi palestrante, nesta quinta-feira (5/6), no evento SOS Bahia, realizado em Salvador, que reuniu especialistas e autoridades para debater os altos índices de violência e a presença do crime organizado no estado. Durante o painel “Dificuldades e Soluções na Segurança Pública”, Caiado apresentou os avanços registrados em Goiás no enfrentamento da criminalidade e destacou a valorização dos profissionais da segurança, os investimentos em inteligência e a formação de batalhões especializados como pilares de uma política bem-sucedida.
“O resgate das tropas com remunerações dignas e o uso de tecnologia foram determinantes. Investimos R$ 17 bilhões nos últimos seis anos. Apenas R$ 900 milhões vieram do governo federal”, ressaltou o governador, ao defender a necessidade de uma gestão firme, com foco em resultados e integração entre as forças policiais.
Goiás reduziu em 44,6% a taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre 2018 e 2023, se tornando exemplo nacional, enquanto a Bahia lidera o ranking de mortes violentas no país. Entre 2015 e 2023, foram registrados 61,2 mil homicídios no estado nordestino, 16 mil a mais que o Rio de Janeiro. A taxa de homicídios baiana é mais que o dobro da média nacional: 43,9 por 100 mil habitantes, ante 21,2. Segundo o Atlas da Violência 2024/2025, sete das dez cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia.
Caiado também destacou a recuperação da segurança no Entorno do Distrito Federal, citando Valparaíso de Goiás como exemplo. “Era uma das cidades mais violentas do Brasil. Hoje, está fora dessa lista, com a presença de forças policiais treinadas, equipadas e com liberdade para agir, inclusive dentro dos presídios”, enfatizou.
O evento, promovido pela Fundação Índigo, reuniu 1,2 mil pessoas e buscou caminhos concretos para combater o avanço da criminalidade na Bahia, atualmente considerada a unidade da federação com maior presença de facções criminosas.