Ronaldo Caiado defende anistia aos presos do 8 de janeiro e critica penas excessivas
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou recentemente seu apoio à anistia dos presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, classificando como “excessivas” as penas de até 17 anos aplicadas aos manifestantes. Em publicação no X (antigo Twitter), Caiado afirmou ter sido o primeiro a defender essa anistia, mencionando uma entrevista concedida ao jornalista Mário Sérgio Conti no início de 2024.
O governador também fez uma analogia histórica, comparando a situação atual à postura adotada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek, que, após sofrer uma tentativa de golpe, concedeu anistia e seguiu governando. Caiado sugeriu que o país deveria seguir esse exemplo para superar discussões que considera inócuas.
A declaração de Caiado ocorre no contexto de um ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. O governador de Goiás não participou da manifestação, destacando que sua relação com Bolsonaro está abalada desde as eleições municipais de 2024.
Em resposta às declarações de Caiado, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) criticou o governador, acusando-o de oportunismo e lembrando que ele foi o primeiro a oferecer celas para prender os manifestantes na época dos acontecimentos.
As discussões sobre a anistia aos presos do 8 de janeiro continuam a gerar debates acalorados no cenário político brasileiro, refletindo divergências sobre como lidar com os envolvidos nos atos daquele dia.
Sobre a manifestação de hoje em Copacabana, quero dizer que não apenas sou a favor da anistia aos manifestantes de 8 de janeiro, como fui o primeiro a defendê-la, em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti, no início do ano passado.
Já em fevereiro de 2024, defendi que… pic.twitter.com/x82Ekx9ArN
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) March 16, 2025