Butantan continua sem produzir vacina por falta de insumo

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O Instituto Butantan interrompeu a produção da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, após atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo fundamental para produção dos imunizantes. 

Nesta sexta-feira (14), o Butantan entregou 1,1 milhão de doses da vacina, que já é parte do segundo contrato com o Ministério da Saúde, de mais 54 milhões de doses. Após isso, até o momento, não há novas previsões de entrega.

Dez mil litros do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) já estão prontos e separados na China para envio ao Brasil, o que possibilitaria a retomada da produção, mas o país asiático ainda não liberou o embarque desses insumos. Os dez mil litros de insumos que aguardam liberação correspondem a 18 milhões de doses da Coronavac, de acordo com o governo de São Paulo.

Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) atribuiu o atraso na chegada dos insumos a “entraves diplomáticos”.

Na coletiva de imprensa desta sexta, Doria repetiu as críticas ao governo federal e fez um apelo aos chineses pela liberação de novos insumos. “Temos um entrave diplomático fruto de declarações desastrosas do governo federal e isso gerou um bloqueio no embarque desses insumos. É muito ruim quando um presidente da República agride um país. A má notícia é que a partir de agora o Instituto Butantan não pode processar novas vacinas”, disse Doria.

Nesta quarta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já havia rebatido as falas do governador paulista ao afirmar que “não há entrave diplomático”. O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que a pasta mantém tratativas com a China e “acompanha permanentemente o processo de autorização de exportação de IFAs, inclusive por meio da Embaixada do Brasil em Pequim”.

Segundo a pasta, as “autoridades chinesas comprometeram-se a fazer todo o possível para cooperar com o Brasil no combate à pandemia de Covid-19 e reiteraram que eventuais atrasos não são intencionais, dado que a China está exportando IFAs para diversos países”, o que tem gerado sobrecarga tanto na fabricação de vacinas e insumos quanto nos trâmites burocráticos necessários para liberação.

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