Buraco negro: descobertas vencem Nobel de Física

A premiação é equivalente a mais de R$ 1 milhão de dólares e foi dividida entre Penrose, Genzel e Ghez.

Por Larissa Azevedo

O Nobel de física de 2020 foi conquistado pelo britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a norte-americana Andrea Ghez. O trio de pesquisadores levou o prêmio por causa de suas descobertas sobre um dos fenômenos mais exóticos do universo – o buraco negro. A entidade concede a premiação nesta terça (06/10), em Estocolmo, Suécia.

A premiação representa 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,1 milhão de dólares. O prêmio de Física é o segundo Nobel deste ano a ser anunciado, depois que três cientistas venceram a premiação de medicina na segunda-feira (5/10) pela descoberta da Hepatite C.

“As descobertas dos laureados deste ano estabeleceram novos parâmetros no estudo de objetos compactos e super massivos.”

Presidente do comitê do Nobel de Física, David Haviland

Entre os prêmios Nobel, o de Física geralmente domina os holofotes com premiações passadas indo para estrelas da ciência, como Albert Einstein, por descobertas fundamentais sobre a formulação do universo, incluindo a teoria geral da relatividade.

Premiados

O professor da Universidade de Oxford, Penrose, ficou com metade do prêmio pelo seu trabalho que usa a matemática para provar que os buracos negros são uma consequência direta da teoria geral da relatividade.

Genzel, do Instituto Max Planck e da Universidade da Califórnia, Berkeley, e Ghez, da Universidade da Califórnia, Los Angeles, dividiram a outra metade por terem descoberto que um objeto invisível e extremamente pesado governa a órbita das estrelas no centro da nossa galáxia.

Ghez é a quarta mulher a conquistar o Nobel de Física, depois de Marie Curie, em 1903; Maria Goeppert Mayer, em 1963, e Donna Strickland, em 2018.

Prêmios Nobel

Os prêmios Nobel foram criados pelo empresário sueco e inventor da dinamite, Alfred Nobel, e são entregues desde 1901.

A premiação deste ano acontece sob a sombra da pandemia da Covid-19, que limitou a maior parte das festividades que geralmente cercam os prêmios e colocou os cientistas de todo o mundo em uma corrida para desenvolver uma vacina.

*Estagiária com supervisão de Simone Salles