Remédio para a saúde na UTI é expansão do formato Instituto Hospital de Base

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Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira

 

A situação de precariedade no setor da rede de saúde do Distrito Federal só poderá ser equacionada a partir da extensão do sistema aperfeiçoado, utilizado no Instituto Hospital de Base para demais hospitais nas unidades de Santa Maria, Taguatinga e no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Em mais três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

A tarefa compreende a aprovação da medida nesta tarde, às 15h, em sessão da Câmara Legislativa do Distrito Federal. É consenso que alguma providência será tomada com o intuito de atender pacientes emergencialmente. Portanto, urge que os deputados se sensibilizem para passar o texto enviado pelo Palácio do Buriti.

Em entrevista nesta manhã de quinta-feira (24), o secretário da Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que é realizada a avaliação das unidades para que seja fechada a estratégia de expandir o sistema do Instituto para as demais unidades.

“Para se ter uma certa quantidade de hospitais que operem aos moldes do Instituto é importante que se faça um comparativo com os demais que ficaram dentro da rede do sistema tradicional. É muito importante que a gente possa fazer essa avaliação”, disse ele.

Vale lembrar que o rombo atual na Secretria de Saúde em notas e empenhos chega a próximo de R$ 1 bilhão em juros que é preciso corrigir. “Só de serviços que foram prestados de UTI da rede particular tem perto e R$ 350 milhões que tem que pagar”, observou o secretário.

Osnei também informa que os demais hospitais que não entrarem na gestão de Instituto  se dará o máximo possível para que eles possam funcionar com monitoramentos de resultados, buscando o melhor atendimento ao cidadão.

Ele contou que o posicionamento em relação aos sindicatos tem algumas falas que colocam muitas vezes risco para o servidor. Cada sindicato cuida do seu servidor e esse tipo de informação foi crescendo durante esse período.

Secretário de Saúde nega privatização 

 

O Tudo Ok Notícias quis saber se na política atual em vigor no GDF é possível fazer algo. Há várias categorias, entre enfermeiros, médicos e assim sucessivamente. Uma das questões levantadas é como trabalhar e mostrar para a população que tem governo e é preciso fazer alguma coisa urgentemente e tem o outro lado que são as categorias. Inclusive fala-se em deflagração de greve, discutir as  aposentadorias dos servidores. Tem muitas pessoas querendo colocar na conta do atual governo a situação atual da saúde. O que se poderá fazer?

Driblando os obstáculos

Osnei respondeu que se um dos instrumentos para se reativar a autoestima dos profissionais da área é dar condições de trabalho para que eles possam sentir prazer de estarem trabalhando é fundamental para qualquer profissional.

Além da questão de condição de trabalho, segundo o secretário, o governador Ibaneis Rocha tem pensado muito nos concursos públicos, em chamar as pessoas que passaram pelas provas e já há uma lista pronta só aguardando o parecer da Procuradoria-Geral do Distrito Federal, sobre aquele concurso de 2014, que teve uma prorrogação por lei.

“Assim que tivermos o parecer, essa lista está pronta, são de várias profissionais de vários âmbitos, que vai chamar 2 mil pessoas agora para que a gente possa repor todas as faltas que nós temos de profissionais, que aposentaram ou os que estão em vacância porque isso acontece em torno de 1.300 todo o ano. A gente precisa fazer essa reposição para que a gente possa oportunizar a rede para que ela possa trabalhar de forma integrada.”

Cronograma de concursos

Segundo o secretário, o governador Ibaneis Rocha quer fazer as contratações necessárias via concurso público. Já se está trabalhando na proposta para a concretização do concurso por meio de um cronograma para todos os interessados em concorrer às vagas. As contratações deverão ser realizadas, pontualmente, referentes a especialidades que se tem dificuldade em admissão de profissionais através do processo do concurso para reposição mais rápida.

Osnei citou o caso dos anestesistas, que foram chamados 200 no ano passado e apenas 75 se apresentaram e por isso não se pode dispor desses profissionais em todas as salas cirúrgicas dos hospitais no Distrito Federal. Outras modalidades de contratações estão disponíveis no modo de gestão do Instituto. “É importante porque para que a gente possa dar vazão à essa questão da fila de cirurgias que tanto a gente necessita”, enfatizou.

Em levantamento realizado pela secretária, a falta de remédios, foi reconhecida. O tema foi abordada pelo médico titular da SES, contando insumos e medicamentos, em torno de 40%. O que prejudica o tratamento dos próprios pacientes dentro dos hospitais.

Outro gargalo no sistema de saúde é a realização de exames. As causas da situação precária são equipamentos estragados e os hospitais estão sucateados. Não existem contratos de manutenção e isso faz com que a gente não tenha disponibilidade de exames. O paciente fica internado, aguardando essa oportunidade de receber esse atendimento e poder receber alta ou mesmo ser dirigido para um hospital maior, aonde é referência para a cirurgia que ele precisa”, destacou.

No caso da UPAs o paciente deveria ficar apenas 24 horas, tem alguns que estão 60 dias aguardando exames.

“Já passa a ser uma internação e aí isso dificulta muito nosso trabalho. Isso é colocado todos os dias na mídia, em vários locais no DF aonde você não oferece o atendimento para que os pacientes possam ser tratados para que eles possam retornar para seus lares”, explicou Osnei. Ele lembra que a situação mexe, inclusive, com integrantes das famílias dos pacientes que em certos casos deixam de trabalhar, de produzir, implicando um problema sócio-econômico. “Eu me coloco no lugar dessas pessoas, porque é um sofrimento muito grande.”

Sem privatização

Quanto à privatização, o secretário entende que não há espaço para isso na saúde. A atenção básica e a atenção secundária jamais serão uma OS, que são modelos diferentes, demonstrando que o código de cada servidor ficará dentro da Secretaria de Saúde. Não haverá extinção de carreira de maneira alguma. “Isso que eu gostaria de deixar bem claro”, disse ele em meio a manifestações de sindicatos que seria iminente a privatização. “É irreversível”, complementou Osnei.

Em relação aos excelentes profissionais de medicina, o secretário ressaltou que se trabalhará para que eles tenha autoestima resgatada. Ninguém quer fazer nada de errado para população, só procurar o bem”, frisou Osney, no contexto de que a população é quem precisa ser atendida da melhor maneira possível.

O que deu certo

O Hospital de Base tem uma série histórica que ele gastaria R$ 650 milhões ano para fazer o atendimento global. No contrato de gestão foram estipuladas metas para que pudesse exercer suas atividades. Essas metas foram atingidas ou superadas e teve um certo superávit em torno de R$ 600 milhões, então eu acredito que a gente possa fazer melhor, ter mais rentabilidade em cima do recurso de 2016.

“Vamos melhora a questão de cirurgias, eu acho que dá para a gente fazer isso sim, pelo levantamento que eu tenho em relação aos recursos que foram repassados a gente pode promover uma melhoria. O Instituto não ficou mais caro, o que tem para gerir são R$ 600 milhões, foi assim de 2016 para 2017, foi assim em 2018 já como instituto e a gente quer deixar para 2019 esse patamar também.

Cirurgias efetivas agora

Osnei esclareceu que não há no momento um mutirão de atendimento de cirurgia e sim organização para acabar com a as filas. Ele contou que em 20 dias de atendimento, há 2.390 realizadas.

“A gente está estudando alguns mutirões, trabalhar com idoso com as crianças, com a saúde da mulher com a saúde do homem nessas prevenções de saúde que a gente precisa tanto, a gente vai fazer mutirões de atendimento. A do idoso é muito importante poque a gente vai estar vendo a questão da visão, da audição e também da arcada dentária. Da criança, a partir do dia 1º estaremos realizando 500 cirurgias de crianças que estavam na fila e não tinham atendimento de cirurgia eletiva de hérnia inguinal e hérnia humbilical. A gente consegue resolver o problema de 500 crianças já no mês de fevereiro”, comemorou Osnei.

Tudo OK Notícias questionou também a comparação com o governo anterior na questão de realização de cirurgias não ter sido justa. O governo anterior destacou que foi feita maior quantidade de  intervenções cirúrgicas.

“Retirada de cateter não é uma cirurgia. E todos os cateteres que foram retirados foram contados como cirurgia e isso realmente não é justo. Você trabalhar como cirurgias, processo de internação, cuidados pós-operatórios  é uma coisa. Sei lá, fazer um procedimento simples, não quer dizer que aquilo é uma cirurgia”, ponderou Osnei.

 

 

 

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