A hora de pagar a fatura de campanha

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Deputado Distrital João Cardoso (Avante) se sente pressionado para abrir mão da 3ª Secretaria da CLDF pelo vice-presidente da legenda, Lucas Kontoyanis.

Por Josiel Ferreira

Eleições são marcadas por acordos. A palavra empenhada ainda tem peso na política. Para muitos é condição essencial para o político se manter candidato até o fim da campanha. Depois, detentor de mandato, a palavra é mais valiosa ainda, ou seja após as eleições.

E quem colabora no momento da campanha invariavelmente cobra a chamada “fatura”. Pode demorar, mas, a cobrança da fatura, pelos serviços prestados, tarda sim, mas geralmente não falha.

De um lado o vice-presidente do Avante, Lucas Kontoyanis, que apoiou fortemente a candidatura do deputado Distrital João Cardoso (Avante-DF). De outro, o deputado Distrital João Cardoso (Avante-DF) que agora deverá pagar a fatura pelo acordo firmado.

O deputado distrital João Cardoso (Avante) é titular da cobiçada 3ª Secretaria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Informações vazadas do próprio gabinete do parlamentar dão conta de que ele estaria em vias de renunciar ao cargo da secretaria. Diga-se de passagem, sob pressão. Em seu lugar assumiria a deputada distrital Jaqueline Silva (PTB).

O Tudo OK Notícias apurou que Cardoso estaria de fato pressionado pela própria legenda a abrir mão da 3ª Secretaria. Inclusive houve reuniões da diretoria de Recursos Humanos da CLDF com a procuradoria para ajustar um licenciamento do cargo de terceiro secretário, mesmo sem licenciar do mandato.

É atribuído a Lucas, o vazamento para imprensa de nomeações feitas por Cardoso de “pessoas próximas” para o próprio gabinete. À época questionou-se inclusive ser era caso de nepotismo.

Vale reforçar que esse episódio começou quando os namorados de dois filhos de Cardoso foram empregados no gabinete do parlamentar distrital. Felipe Dortas Matos Vieira, com salário de R$ 7.245, 55. E outra filha do parlamentar, a Giulia Soares Peixoto, com remuneração de R$ 5.281,98. Ambos eram namorados de dois de seus filhos de Cardoso, que se chamam Sara e Paulo.

Os namorados tiraram a sorte grande, afinal, o desemprego estava no começo do ano e ainda está longe de ter revertida a situação difícil. As nomeações comissionadas foram publicadas no dia 2 de janeiro de 2019, no Diário Oficial da Câmara. Cardoso, à época afirmou estar ciente do fato do vínculo amoroso entre seus filhos e os namorados.

No entanto, argumentou que não houvera nepotismo na contratação dos felizardos, por não ocorrer vinculo familiar ou parentesco. Alegou ainda que houve critério técnico, por Giulia ser advogada. Enquanto Felipe é engenheiro.

A origem da tal “pressão”, que Cardoso prefere omitir, na verdade tem fortes digitais do vice-presidente do Avante, Lucas Kontoyanis, que é suspeito de vazar a tentativa de colocar os namorados dos filhos para trabalhar no gabinete.

Agora, Lucas cobra a fatura, pelo apoio condicional firmado em acordo, lá atrás, durante os ajustes e composições pré-campanhas eleitorais, pressionando para Cardoso ceder a cadeira da 3ª Secretaria da CLDF.

Tudo Ok Notícias entrou em contato com deputado, mas, até fechamento da matéria não retornou.

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