Brasília Vista Daqui | ‘Picado pela mosca azul’

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“Picado pela mosca azul”

Grupos de empresários mais próximos do presidente da Fecomércio-DF já chegaram a uma conclusão sobre José Aparecido da Costa Freire – que hoje preside a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal. O presidente, uma vez no cargo eleito, teria deixado o poder subir à cabeça.
Um empresário resume o sentimento do grupo sobre José Aparecido: “Aparecido foi picado pela mosca azul e acha que pode tudo. Está fazendo o jogo do mesmo grupo que perdeu.” O grupo não perdoa postura do atual presidente. Com a condenação de Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante pelo Tribunal de Contas da União (TCU), José Aparecido vai precisar de apoio para continuar no posto.

De volta ao Pros

Administrador Fernando Fernandes

Depois de ser expulso do diretório regional do Pros no Distrito Federal, o deputado Fernando Fernandes (Sem Partido), ainda sonha em voltar para Partido Republicano da Ordem Social (Pros-DF). Semana passada o parlamentar foi convidado pelo presidente Eurípedes Júnior para um café. Na conversa entre ambos ficou firmado que, caso o “Distritão” seja aprovado no Congresso, as portas do partido estarão sempre abertas para o delegado Fernando Fernandes. Eurípedes ganhou uma moeda de troca nas conversas que envolvem as negociações relativas a não aprovação do “Distritão” ao próximo pleito. Pois, Júnior já tem outros planos para o delegado.

Majoritária

Deputada Paula Belmonte e Luís Felipe Belmonte

Sem espaço no Cidadania-DF – a deputada federal Paula Belmonte, está com os dois pés no Pros-DF. Não foi definida ainda se vem ao Senado Federal ou ao Governo do Distrito Federal. Investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu inquérito para investigar a deputada Paula Belmonte e o marido, o empresário Luís Felipe Belmonte, por envolvimento em um suposto esquema de Caixa 2. A determinação do ministro Alexandre de Moraes foi aberta no mês de julho de 2021. Em nota, a defesa do casal Belmonte disse que vai recorrer à decisão do ministro.

 

Reguffe

Senador Reguffe

De férias, o senador, pelo Distrito Federal José Reguffe (PODEMOS-DF), foi repor suas energias em Beto Carrero World com a família. O senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) afirmou que estará com Reguffe e Joe Valle (PTD-DF) em uma eventual candidatura ao governo do Distrito Federal.

Amigos

Grupo de ex-governadores

Dois ex-governadores do Distrito Federal e um ex-vice-governador tem-se encontrado no Lago Sul. O teor da conversa é sempre eleições 2022.

 

Postulante

O líder comunitário Edson Sol Nascente (MDB-DF) deve entregar à Justiça Eleitoral, nas próximas semanas, seu pedido de desfiliação da sigla. Edson se sente desprestigiado. O líder comunitário tem recebido convite para ingressar em outra legenda. Edson tem pretensões em concorrer a uma vaga na CLDF em 2022. Edson Sol Nascente tem 41 anos, e obteve, nas últimas eleições, 2.141 votos.

 

 

Avaliação

Governador Ibaneis Rocha

Pesquisas internas do mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB) apontam avaliação de mais de 50% de aprovação do Governo do Distrito Federal. Mesmo na pandemia que interrompeu muitos planos para o DF. A qualidade das políticas públicas já é sentida, nestes dois anos e seis meses do Governo do Distrito Federal, e grande parte da população já reconhece o trabalho do Executivo.

 

 

Pastor

Pastor Oseias Ribeiro

Nas últimas semanas, vários partidos intensificaram a aproximação com o pastor Oseias Ribeiro (sem partido) – de olho na corrida eleitoral de 2022. Oseias é o principal articulador e colaborador da Igreja Assembleia de Deus de Brasília [ADEB] – A força política do segmento é inegável e muitos estão de olho [votos] no pastor.

 

 

Eleições na CABE

Deputado Hermeto

O deputado Hermeto (MDB-DF) já tem uma adversária para chamar de sua nas eleições da Caixa de Benefícios da Polícia Militar do Distrito Federal [Cabe] – até decisão da Justiça em que Maria Costa, perdeu em segunda instância e terá que deixar a presidência da entidade. Em 2018 nas eleições para deputado distrital, Hermeto e Maria Costa, andaram juntos. O distrital propelirá candidato à presidência da associação, a fim de manter o controle da Caixa. Maria Costa, antecipou o debate eleitoral e já mira a retomada da Cabe. Pelo visto, Hermeto terá uma adversária de peso.

 

 

Pinge pongue

O projeto que tramita no Congresso alterando regras das eleições é da deputada Regina Abreu (Podemos-SP) por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC 125/11). A discussão é grande em torno do texto.

Eleições 2022

A parlamentar apresentou na quarta-feira (14), em uma comissão especial da Câmara, mas houve um pedido de vista coletivo. Desta forma, a discussão e a votação foram adiadas, para maior tempo aos deputados conhecer o relatório.

A proposta original tratava apenas do adiamento das eleições em datas próximas a feriados. Esse item foi mantido no texto, mas a relatora aproveitou a PEC para propor novas regras já a partir das próximas eleições.

No caso de 2022, por exemplo, está prevista a adoção do sistema eleitoral majoritário na escolha dos cargos de deputados federais e estaduais. Esse é o chamado “Distritão Puro”, no qual são eleitos os mais votados, sem levar em conta os votos dados aos partidos, como acontece no atual sistema proporcional. Renata Abreu admitiu que esse foi o ponto mais polêmico da proposta.

O Tudo Ok Notícias, ouviu o cientista político  Danilo Strano sobre as modalidades de voto distritais, as vantagens e desvantagens e quais partidos serão favorecidos, conforme o relatório de Renata Abreu.

Na visão do cientista político, o voto na modalidade Distrital é retrocesso, inclusive o Distritão é péssimo para as representações minoritárias e o Distrital Misto tende a fortalecer apenas aos líderes partidários que irão formar as listas. Além disso, impedirá a entrada das minorias.

Assim, principalmente, para as representações de minoria, nesse cenário, teria um retrocesso. Portanto segundo ele, o modelo proporcional tende a ser o mais evoluído. Essa discussão não foi muito bem elaborada, no entendimento do cientista político, Danilo Strano.

Esse modelo que estão tentando copiar da Alemanha não está sendo realizado como o de lá, que é segmentado pelos distritos em si. Então a tendência é que as minorias tanto no Distritão em 2022, quanto no Distrital Misto em 2026, sejam cada vez menos representadas nesse formato. E fortalecerão os donos do capital financeiro, do Fundo Eleitoral, que são os candidatos que já estão em legislatura atual.

Confira, abaixo, a entrevista concedida pelo cientista político, Danilo Strano:

 

Está em discussão no Congresso Nacional Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa alterar as regras para a escolha de deputados federais, estaduais distritais e vereadores. A ideia é acabar com o sistema proporcional utilizada atualmente para se eleger os parlamentares? Qual a sua avaliação em relação ao Distritão, nos moldes do sistema majoritário aplicado nas eleições para presidente, governadores, senadores e prefeitos? A mudança não é um retrocesso? Em sua opinião, a proposta em discussão não está sendo analisada de forma precipitada?

Danilo Strano – É uma legislatura de novas cadeiras, mais de 47.02% das cadeiras do Congresso, então são muitos deputados e deputadas de primeiro mandato fazendo uma discussão que é muito latente à democracia, muito importante para deputados que estão tendo um primeiro contato com o Congresso. Então, sim, eu considero precipitado. E inclusive, além de precipitado, me parece partir do pressuposto errado que é discutir isso para as próximas eleições já de 2022 e fazer uma transição para 2026.

 

Caso o Distritão seja aprovado no Congresso, favorecerá a quem?

Danilo Strano – Eu considero errado porque a representação num Distritão Puro como está sendo colocado para 2022 vai favorecer os deputados que têm mais votos, ou seja, os deputados que têm a força financeira ainda mais com um novo fundo eleitoral aprovado, os deputados que comandam essa verba financeira e já estão no Congresso, porque eles já têm facilidade de alimentar suas bases com emendas eleitorais e afins.

 

O senhor é a favor do sistema Distrital Misto?

Danilo Strano – O Distrital Misto já me parece um pouco mais positivo para a democracia porque você mantém pelo menos uma lista onde as minorias podem ser representadas numa lista pelo partido. Ao mesmo tempo é importante entender que alguns partidos não são ideológicos como os partidos tracionais PT, PSDB, PCdoB, DEM e afins.

São partidos muito fisiológicos que se focam mais nos resultados das eleições. E aí, também pode ser um problema onde nesses partidos e, inclusive, muitos deles do Centrão que são mais fisiológicos e menos ideológicos, as listas fechadas elaboradas pelos partidos priorizem os donos dos partidos e não as representações internas.

 

E quanto à participação das mulheres?

Danilo Strano – Eu sei que na proposta da Renata Abreu (em segundo mandato) tem a intenção de obrigar a nessas listas terem mulheres para favorecer uma minoria até então no Congresso, que são as mulheres. Mas, isso me parece muito pouco porque você não vai conseguir obrigar, colocando mulher nessa lista, que uma minoria, porque não necessariamente, essas mulheres vão estar lutando pelas pautas femininas e, enfim, representações femininas só por serem mulheres.

Então, na verdade, esse voto Distrital Misto pode ser interessante, mas ao mesmo tempo, em alguns partidos fisiológicos, ele tende a ser muito dominado pelos líderes dos partidos, pelos presidentes estaduais e nacional do partido.

Danilo Strano, cientista político e especialista em Marketing de Influência

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