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Bolsonaro perde espaço até no PL
Nos bastidores, líderes do Republicanos afirmam que apenas bolsonaristas ainda consideram Jair Bolsonaro ou seus familiares para 2026. O ex-presidente tem perdido apoio na classe média conservadora, insatisfeita com sua postura radical e grupos de extrema direita ligados a ele.
Até mesmo no PL, cresce o descontentamento. Segundo o PlatôBR, dos 93 parlamentares da sigla, apenas 30 seguem fiéis a Bolsonaro. O restante inclina-se a um nome de direita moderada. “Segui Bolsonaro até a boca do precipício, mas virei a página, conforme meu eleitor exigiu”, diz o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).
Direita articula
Partidos de direita e centro-direita iniciam articulações para a eleição presidencial de 2026, buscando um nome competitivo para liderar um bloco unificado. Líderes dessas siglas já descartam qualquer participação do ex-presidente Jair Bolsonaro ou de seus familiares na disputa. As conversas envolvem União Brasil, PP, Republicanos e possivelmente o Podemos, além de tentativas de atrair o PSD.
Bolsonaro fora do jogo
Inelegível, Jair Bolsonaro está fora das articulações para 2026. Sua esposa, Michelle Bolsonaro, não empolga o grupo devido à baixa densidade eleitoral. Seus filhos também seguem outros rumos: Flávio deve disputar a reeleição ao Senado pelo Rio, Eduardo quer o Senado por São Paulo, e Carlos, visto como inexperiente, segue como vereador no Rio.
Direita avalia três governadores para 2026
Partidos de direita e centro-direita analisam três possíveis candidaturas presidenciais: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Júnior (PSD-PR). O PSD pode integrar a aliança, mas há incertezas, já que Gilberto Kassab, líder da sigla, mantém um discurso ambíguo sobre a sucessão. Aliado de Tarcísio, Kassab também compõe a base do governo Lula e oscila entre prever a derrota do presidente e afirmar que ele pode reverter o cenário.
Kassab aguarda Tarcísio
A decisão de Gilberto Kassab sobre 2026 dependerá da movimentação de Tarcísio de Freitas. Enquanto isso, o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, conduz articulações para formar um bloco de apoio. Até setembro ou outubro, os envolvidos devem manter discrição, aguardando uma definição mais clara do cenário eleitoral.
O vice
Entre os três governadores cogitados para 2026, Ronaldo Caiado tem sido o mais ativo na construção de sua candidatura. Ele lançará sua pré-candidatura em Salvador no dia 4 de abril e anunciou ontem que terá o cantor Gusttavo Lima como possível companheiro de chapa. Caiado admite até disputar como vice, já que pesquisas indicam maior popularidade de Lima na corrida presidencial contra Lula.
PEC dos gastos divide bancada
A bancada do PL tem mostrado sinais de afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aproximação com o governo federal. Durante a votação da PEC do corte de gastos, que modificava as regras sobre abono salarial e supersalários, a divisão ficou clara. No primeiro turno, 17 deputados do PL votaram a favor da proposta, enquanto 71 se opuseram. No segundo turno, 18 optaram por apoiar o governo, e 76 se mantiveram contra a proposta.
Anistia
Nos bastidores, parlamentares do Republicanos e do União Brasil comentam que parte do PL não apoiaria uma possível anistia política para Bolsonaro e aliados envolvidos em processos judiciais. No entanto, publicamente, evitam se posicionar sobre o tema.
Os Reis
O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, se encontrou com o ex-presidente Bolsonaro (PL) em Angra dos Reis (RJ) nesta quarta-feira (5/3). Apesar de seu partido integrar a base aliada do governo Lula, com três ministérios (Turismo, Comunicações e Integração Nacional), Rueda fez questão de compartilhar a foto com Bolsonaro nas redes sociais. Nas imagens, Bolsonaro aparece no meio, ladeado por Rueda e pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil).
OEA por desmonte no combate à corrupção
Durante uma sessão na comissão de direitos humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) na última segunda-feira (3), a Transparência Internacional (TI) denunciou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por um suposto “desmonte” no combate à corrupção no Brasil e em outros países da América Latina. A denúncia menciona a decisão monocrática de Toffoli que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht (atual Novonor) na Lava Jato. Guilherme France, gerente de pesquisa e advocacy da TI – Brasil, afirmou que a decisão de setembro de 2023 tem causado “reflexos sistêmicos”, afetando mais de 100 processos de corrupção e resultando na soltura de réus em vários países da região.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou o arquivamento do Inquérito 4923, que investigava a responsabilidade de autoridades nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A Polícia Federal (PF), após investigação, não encontrou evidências de que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tivesse agido para alterar planejamentos, desautorizar forças de segurança ou omitir informações. Além disso, a PF não identificou indícios de que dados foram apagados de seus dispositivos.
Democracia
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), expressou sua “extrema felicidade” após o arquivamento do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que o investigava por suposta omissão na proteção dos Três Poderes durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. Ao celebrar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, Ibaneis destacou sua confiança na Justiça e afirmou que sempre defendeu a democracia. Em post nas redes sociais, o governador reforçou seu amor por Brasília e sua trajetória como o primeiro brasiliense a assumir o cargo de governador.
O jogo
O ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, depois que TJDFT anulou sua sentença que condenava a 15 anos de prisão, busca se posicionar politicamente. Em seus planos viabiliza disputar as eleições 2026. Quem perde é atual deputado Iolando que vai perder apoio da igreja. A pergunta é! A igreja vai devolver os cargos comissionados ao deputado?
Delação à vista
A um ano das eleições 2026, uma deleção premiada ao MPDFT, deve mexer no xadrez político do Distrito Federal. O personagem apontou a justiça os operadores financeiros, produtores e executores dos esquemas do chamamento público.
