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Brasil propõe fundo global em COP28 para preservar florestas
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), o governo brasileiro apresentou uma proposta para que países com fundos soberanos, incluindo Noruega, Emirados Árabes Unidos, China e outros, invistam em um fundo dedicado à preservação das florestas tropicais. A iniciativa busca desincentivar o desmatamento e promover a conservação.
O Ministério do Meio Ambiente destacou a urgência de um instrumento global inovador para remunerar a manutenção e restauração das florestas tropicais. A proposta sugere um aporte inicial de US$ 250 bilhões para o Fundo Floresta Tropical para Sempre (FFTS). Esse fundo, além de contar com investimentos dos fundos soberanos, poderia captar recursos da indústria do petróleo e de investidores em geral.
O FFTS visa gerar recursos para projetos de preservação e desenvolvimento econômico nas regiões florestais. Para ter acesso ao financiamento, os 80 países com florestas tropicais precisariam manter o desmatamento abaixo de uma taxa estabelecida, desenvolver mecanismos transparentes para alocação do dinheiro e ter métodos confiáveis de medição da cobertura florestal.
O dinheiro seria distribuído aos países com base na extensão de suas florestas em pé. Além disso, a proposta prevê multas significativas para países que não atenderem aos critérios estabelecidos. A iniciativa busca combater o desmatamento, uma das principais causas do aquecimento global e da atual crise climática. O Acordo de Paris de 2015 busca limitar o aumento da temperatura global a menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, com esforços para limitá-lo a 1,5ºC. O Brasil comprometeu-se a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030 em relação aos níveis de 2005.
