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Brasil recebe certificação de ‘País Livre do Sarampo’ pela Opas após mais de dois anos sem casos de transmissão; cobertura vacinal continua sendo foco no DF
O Brasil recebeu com grande êxito a certificação de “País Livre do Sarampo” concedida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), resultado de mais de dois anos sem registros de transmissão da doença. No Distrito Federal, a última ocorrência de sarampo foi registrada em fevereiro de 2020, tornando a região livre do vírus há quatro anos. A certificação foi comemorada em uma solenidade realizada nesta terça-feira (12), com a presença de autoridades de saúde, incluindo a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, que representou o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Florêncio ressaltou que a imunização tem sido prioridade para os estados e que o movimento nacional para aumentar a cobertura vacinal continua forte, com campanhas ativas em feiras, escolas, mercados e shoppings. Apesar das estratégias externas da Secretaria de Saúde do DF, a adesão da população ainda precisa melhorar. Em 2023, a cobertura vacinal no DF foi de 73,7% para a segunda dose do sarampo e 89,5% para a primeira, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
O Brasil já havia conquistado o título de “País Livre do Sarampo” em 2016, mas, devido à queda na cobertura vacinal e migrações internacionais, o vírus reapareceu em 2018. Desde então, as ações de imunização se intensificaram, com a última ocorrência de sarampo registrada em 2022 no Amapá. A ministra de Saúde, Nísia Trindade, destacou que a certificação é fruto do esforço coletivo entre gestores, cientistas, professores e parlamentares, enquanto Jarbas Barbosa, diretor da Opas, enfatizou a importância de manter a eliminação do sarampo por meio da vigilância constante e da cobertura vacinal.
O evento contou ainda com a participação de diversos representantes, como o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vacina, deputado Dorinaldo Malafaia, e outros líderes do setor da saúde. Além da recertificação do sarampo, as Américas celebraram 30 anos sem poliomielite e se destacaram como a região com a maior recuperação pós-pandemia em termos de cobertura vacinal, um exemplo para o mundo.
Com informações da SES-DF
