Brasil busca abrir mercado de créditos de carbono para todos os países, diz Confederação da Agricultura e Pecuária

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Foto: Divulgação

 

CNA defende ações conjuntas entre entidades públicas e privadas e financiamento por maiores emissores de gases de efeito estufa para cumprir Acordo de Paris. Solução em desenvolvimento visa inclusão de pequenos produtores no mercado de carbono

 

 

O Brasil possui um potencial único no mundo para a produção de créditos de carbono, de acordo com a visão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No entanto, a CNA defende que o mercado de créditos de carbono deve ser aberto a todos os países, sem restrições ou favorecimentos, e que as ações para redução de emissões devem envolver tanto entidades públicas como privadas.

 

A questão dos créditos de carbono foi um dos focos da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP), realizada em 2021. O assunto está presente no artigo 6 do Livro de Regras do Acordo de Paris, tratado internacional assinado por 196 países, incluindo o Brasil, durante a COP 21 em 2015.

 

Além disso, a CNA defende que os países considerados os maiores emissores de gases de efeito estufa sejam responsáveis pelo financiamento de ações de mitigação e adaptação em outros países, visando o cumprimento do Acordo de Paris. Isso pode ser feito por meio de projetos de cooperação, doações ou transferência de tecnologias. A entidade sugere que ações de adaptação e mitigação, como a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, boas práticas, assistência técnica, regularização fundiária e ambiental, pesquisa e monitoramento, sejam incentivadas por recursos provenientes de fundos levantados junto aos países com maiores emissões.

 

Com base nessas premissas, a CNA está trabalhando em parceria com a Passyflora Projetos Agro Sustentáveis, uma empresa do Acre, para desenvolver uma solução voltada especialmente para pequenos produtores rurais no mercado de carbono. A CEO da Passyflora, Patrícia Pahl Siqueira, explica que a proposta é criar oportunidades para que os pequenos produtores possam acessar o mercado de carbono. Segundo ela, o alto custo do processo de certificação limita a participação desse segmento no mercado, e por isso estão desenvolvendo uma solução que permita a conexão de empresas poluidoras com pequenos produtores, que poderão ser remunerados pela preservação ambiental.

 

O projeto está em fase de validação e consiste em um sistema de automatização que utiliza imagens de satélite para análise e classificação de possíveis geradores de créditos de carbono.

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