Brasil assume liderança no Conselho de Segurança da ONU com enfoque na prevenção de conflitos globais
O Brasil assumiu a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) por um mês, com foco na promoção da importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção, resolução e mediação de conflitos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará uma audiência sobre o tema em 20 de outubro.
A iniciativa busca reforçar a diplomacia bilateral, regional e multilateral como meio de prevenir conflitos antes que ocorram. O exemplo do Tratado de Tlatelolco, assinado em 1967 por 33 países da América Latina e Caribe para evitar a proliferação de armas nucleares na região, é destacado como uma abordagem eficaz.
Durante o mês de presidência brasileira, outros tópicos, como apoio às forças de segurança no Haiti, manutenção da missão da ONU para negociações de paz na Colômbia e possíveis questões relacionadas à guerra entre Ucrânia e Rússia, também serão abordados.
O Conselho de Segurança da ONU, estabelecido após a Segunda Guerra Mundial, é composto por cinco membros permanentes e um grupo rotativo de 10 membros não permanentes, incluindo o Brasil. Este é o 11º mandato brasileiro no Conselho, e o país defende uma reforma das instituições globais de governança, incluindo um assento permanente para o Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumenta que instituições internacionais mais representativas podem lidar com questões climáticas e desigualdades globais. Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula destacou a necessidade de reformar o Conselho de Segurança para torná-lo mais eficaz e representativo.
Durante sua presidência, o Brasil também sediará debates sobre o Oriente Médio, questões de gênero e diálogos com a União Africana, enfatizando o papel das mulheres na prevenção de conflitos e resolução deles.