Bolsonaro quer Forças alinhadas “politicamente” ao seu lado

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(BrasÌlia - DF, 22/07/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa de almoço com os Oficiais-Generais da Aeroáutica.Foto: Marcos Corrêa/PR

 

Pau que bate em chico, bate em Francisco, Bolsonaro viu um desalinhamento, entenda-se, tem que ficar do lado dele até em questões que não são da alçada das Forças Armadas. Assim como em relação a seus ministros.

Enquanto isso, generais estrilam porque as Armas não devem deixar a política na caserna. E cobram os motivos para a mexida no camando das Forças. Santos Cruz entende que as Forças devem estar alinhados à Constituição. Ele falou até em falta de consideraçao institucional.

Ministério da Defesa anunciou, na manhã desta terça-feira, 30, a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol, do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica. A informação foi divulgada há pouco pela pasta.

“O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças”, diz o texto.

A decisão ocorre um dia após o general Fernando Azevedo e Silva ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para o seu lugar, foi nomeado o general Walter Braga Netto, que ocupava o posto de ministro-chefe da Casa Civil. A demissão de Azevedo e Silva surpreendeu integrantes das Forças Armadas e integrantes do governo federal – a queda foi vista como uma tentativa de “enquadrar” os militares.

Em resposta, os comandantes das três forças se reuniram ao longo da tarde desta segunda-feira, 29.

Bolsonaro vinha exigindo um alinhamento político das Forças Armadas, com declarações de apoio ao governo e com manifestações contrárias às medidas de isolamento social, por exemplo. Segundo relatos feitos à reportagem, a recusa dos três comandantes causou um desgaste na relação – em mais de uma ocasião, o chefe do Executivo federal pediu a troca de Pujol no comando do Exército. Um general da reserva ouvido pela reportagem resume o sentimento do Alto Comando do Exército: “Não podemos deixar a política invadir os quartéis. As Forças Armadas são instituições de Estado, não de governo”, disse, sob a condição de anonimato.

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