Bolsonaro opta pelo cessar fogo na queda de braço com o STF

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Cessar fogo é estratégico. Agora, a missão do presidente Jair Bolsonaro de trégua entre Executivo e o Poder Judiciário. O detalhe é que é simultânea às investigações que envolvem diretamente o presidente, filho e aliados dele.

Esses são os comentários no Palácio do Planalto, conforme se verificou nos bastidores nessa semana.

Contra as intenções do presidente, o STF quebrou sigilos de parlamentares bolsonaristas no inquérito dos atos antidemocráticos; depois, validou, com forte maioria, o inquérito das fake news após ter feito buscas e apreensões contra empresários e blogueiros apoiadores do governo; e por último, a Justiça prendeu Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo antigo do presidente.

Na escalada da tensão entre os dois Poderes, o chefe do Executivo federal criticou duramente determinações do STF e chegou a dizer que as Forças Armadas não iriam cumprir “decisões absurdas” nem aceitariam “julgamento político”.

Em seguida à prisão de Queiroz na última quinta-feira, o presidente diminuiu a intensidade das críticas. No máximo chamou a detenção dele de “espetaculosa”.

Um dia depois, num sinal de tentativa de trégua, os três ministros do núcleo jurídico do governo –André Mendonça (Justiça e Segurança Pública), José Levi Mello (Advocacia-Geral da União) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência)– reuniram-se na sexta-feira com o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos da fake news e dos atos antidemocráticos.

A pauta oficial desse encontro, que ocorreu em São Paulo, foi quatro processos que tramitam no STF de interesse do Planalto, mas o governo tratou a reunião como a busca de uma “conciliação”, segundo uma fonte ligada a um dos ministros do governo disse à Reuters.

Para essa fonte, é preciso uma “resposta do outro lado”, numa referência ao Supremo. Ela disse que não adianta o governo fazer gestões –como a demissão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que disse em reunião ministerial que gostaria de colocar na cadeia “vagabundos” do STF– se não há sinais de igual sequência da cúpula do Judiciário. Com infirmaćoes da Reuters.

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