Bolsonaro minimiza conteúdo da reunião ministerial e frisa que não citou PF ou Superintendência do Rio de Janeiro

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O presidente Bolsonaro tem circulado pelas ruas em meio à pandemia do coronavírus. Foto: Jorge William / Agência O Globo

 

Bolsonaro afirmou que a preocupação dele era com a segurança dele e da família após a facada durante a campanha eleitoral sobre troca na superintendência do Rio de Janeiro. A pressão é grande para liberação do conteúdo integral do vídeo da fatídica reunião de 22 de abril. 

 

O presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada, no final da tarde desta terça-feira, minimizou o conteúdo divulgado até o momento da reunião ministerial do dia 22 de abril.

Em entrevista aos jornalistas de plantão disse que a interpretação é de cada um o que foi dito na reunião. Quanto à troca da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro e da direção-geral da Polícia Federal.

De acordo com Bolsonaro, não se pronunciou as palavras Direção Geral da Polícia Federal e Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Nas palavras do presidente no que se refere à segurança, trata-se da segurança dos filhos dele. Uma vez que ele foi alvo de uma facada durante a campanha eleitoral em Minas Gerais, 2018.

“Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal e nem Superintendência. A interpretação vai da cabeça de cada um. Não tem família, não tem a palavra investigação. Não tem em outras palavras não. A preocupação minha sempre foi, depois da facada, ficou bastante direcionada para a segurança minha e da minha família. Em Juiz de Fora, o Adélio acertou meu filho, talvez no meu entender talvez tivesse assassinado ali. A segurança da minha família é uma coisa. Não estou substituindo (inaudível) da Polícia Federal.  A Polícia Federa nunca investigou ninguém da minha família. Certo? Isso não existe no vídeo”, afirmou Bolsonaro.

Questionado se o presidente divulgaria o conteúdo em poder da PF e do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que até poderia ter destruído esse vídeo e não sabe dizer por que não o destruiu. E que o divulgou por determinação da Justiça.

Além disso, foi também indagado se encontrava-se apreensivo com o que os ministros mais próximos do Planalto irão dizer em depoimento que é tomado nesta tarde. Ele disse que não vê problema nenhum. Também mais uma vez negou a proximidade pessoal com o diretor da Agência Brasileira de Inteligênia, Alexandre Ramagem, que era o preferido dele para assumir o comando da direção-geral da Polícia Federal e se questionou sobre o próprio depoimento que ele dará nesse inquérito.

Questionado se ele fala no Rio de Janeiro no vídeo, ele disse que fala no Rio de Janeiro.

“É o meu estado. É onde eu tenho filho lá. Todos meus filhos têm seguranças do GSI. Todos sem exceção. Eu não vou entrar em detalhe com você. Tá certo? O meu depoimento vai ser depois. Eu não vou adiantar o que eu vou falar. O assunto de hoje. Não existe a palavra Polícia Federal e Superintendência.

Partidos políticos de oposição estão pressionando o procurador-geral da República, Augusto Aras, para liberar o conteúdo na íntegra do vídeo da reunião no Planalto em que Moro afirmou ter sido ameaçado de demiti-lo, caso não lhe entregasse a Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

O ministro Celso de Mello é quem poderá tornar público o conteúdo da gravação em vídeo. Resta saber se somente o que diz respeito ao inquérito, ou de formal global.

Aras já se manifestou que se for liberado o conteúdo só serão trechos pertinentes ao inquérito.

 

 

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