Diretamente de Iperó (SP), o presidente Jair Bolsonaro bateu o pé e disse há pouco que mandou Eduardo Pazuello cancelar o protocolo de intenção assinado ontem que incluía a Coronavac, vacina chinesa testada em São Paulo, no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Bolsonaro não perdeu a oportunidade de atacar o prefeito de São Paulo, João Doria.
Distorção
“Houve uma distorção por parte do João Doria no tocante a o que ele (Pazuello) falou. Ele tem um protocolo de intenções, já mandei cancelar –o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela.”
Alinhado ao ministério
Em coletiva, o presidente disse que está “alinhado” com o Ministério da Saúde e que não vai liberar recursos para uma vacina que ainda não tem a eficácia comprovada.
Apesar da declaração, o governo federal já liberou R$ 1,9 bilhão para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina de Oxford.
Comprovação científica
“Toda e qualquer vacina está descartada. Ela tem de ter uma validade do Ministério da Saúde e uma certificação por parte da Anvisa também. Fora isso, não existe qualquer dispêndio de recursos, ainda mais um vultuoso como esse, que seria para vacinarmos 100 milhões de pessoas a preço de aproximadamente 10 dólares por vacina, seria uma quantia bastante absurda porque, repito, não tem comprovação científica.”