“Se a minha mãe tiver um quadro grave de Covid, eu vou autorizar ela a ser submetida a um tratamento com proxalutamida”, propôs o presidente sobre o remédio para câncer de mama e de próstata, em estudo
Ao deixar o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na manhã deste domingo (18), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que se reunirá com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta segunda-feira (19), para discutir a aplicação de novo medicamento para a Covid, uma “nova cloroquina”.
“[A proxalutamida] já existe no mercado, ainda sem forma legal e comprovação científica, mas tem curado pessoas com Covid”, defendeu. “Vamos fazer um estudo disso aí e apresentar. Nós temos que tentar, como já sempre disse. Na guerra do Pacífico, não tinha sangue para os soldados, e resolveram botar água de coco e deu certo”, acrescentou o mandatário.
A proxalutamida ( GT-0918 – 普克魯胺 ) é um medicamento oral em testes para o tratamento de câncer de próstata e de mama. Ele foi desenvolvido pela indústria farmacêutica chineesa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, uma subsidiária da Kintor Pharmaceutical Limited, e atualmente está em testes para o tratamento da COVID-19.
A proxalutamida está em estudos de fase III para mCRPC (Câncer de próstata) como monoterapia e em combinação com abiraterona. Nos Estados Unidos, está em um estudo de fase II como monoterapia para mCRPC. Também está em fase I em testes para Câncer de mama.
Em 5 março o FDA dos EUA aprovou o pedido de investigação para novos fármacos (IND) para uso da proxalutamida em infecções causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
O proxalutamida é um antiandrogênio não esteróide (NSAA) – especificamente, um antagonista silencioso de alta afinidade seletivo do receptor de androgênio (AR).