Após críticas quanto a manter as fronteiras do país abertas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu fechar, parcialmente, com a Venezuela, segundo ele, a que se encontra em situação mais sensível. A iniciativa será publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (18).
O presidente esclareceu, no entanto, que “são 17 mil quilômetros de fronteira”, ou seja, não será possível limitar completamente o tráfego de pessoas. Além disso, a circulação de mercadorias continua livre.
“Eu não quero criticar nenhum governador, alguns estão tomando medidas positivas, outros, no meu entender, estão se excedendo. Publica no ‘Diário Oficial da União’ de amanhã a questão de fechar em especial a fronteira da Venezuela, que é a mais sensível. Agora, alguns acham que a palavra ‘fechar fronteira’ é uma palavra mágica. Se a gente tivesse poder de fechar a fronteira como muitos pensam, não teria entrada de arma nem de droga no Brasil”, afirmou em entrevistas a jornalistas na saída do Palácio do Planalto.
“Não é um fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Porque separa Roraima. Se você fecha o tráfego com a Venezuela, a economia de Roraima desanca. A mesma coisa a Venezuela em parte também tem esse tráfego de mercadorias conosco. Não tem como tomar medidas radicais. Não vai dar certo”, acrescentou Bolsonaro.
O governador de Roraima, Antonio Denarium (Sem partido), tem pedido há dias o fechamento imediato da fronteira do Estado com a Venezuela e Guiana.