Com a facilidade da coleta eletrônica, o presidente está certo de que obterá 1 milhão, pelo menos, num prazo de 24 horas. São necessárias 491967 assinaturas.
O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo. Ele chamou parlamentares da legenda ao Palácio do Planalto para anunciar que vai mesmo deixar a sigla e criar um novo partido, cujo nome será Aliança pelo Brasil.
O processo de coleta de assinaturas deverá ser incentivado pelas redes sociais. Segundo o deputado Daniel Silveira, a estratégia de garantir essas assinaturas passa pelo lançamento de um aplicativo para viabilizar as adesões necessárias. “Tem a coleta eletrônica e não resta dúvidas de que ele consegue coletar 1 milhão em 24 horas.”
Para evitar qualquer tipo de questionamento, a deputada Carla Zambelli explica que eles querem também garantir a coleta física das assinaturas – até como forma de agilizar a aprovação por parte do Tribunal Superior Eleitoral. “As assinaturas serão colhidas de agora até janeiro, e tentaremos fazer ao mesmo tempo a validação delas.” São necessárias 491967 assinaturas em todo o país.
Como será
Para que o partido participe das eleições do ano que vem, o TSE precisa aprovar a criação da legenda até abril. Nesse primeiro momento apenas o próprio presidente e o senador Flávio Bolsonaro deverão se desfiliar do PSL. Os deputados, incluindo o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro, deverão esperar até o ano que vem – quando o grupo acredita que o novo partido deverá estar criado.
Como no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, o mandato de deputado é do partido e será preciso esperar até lá para evitar qualquer tipo de questionamento por parte do PSL.
Expulsões
O presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar, ameaça expulsar alguns parlamentares, o que pode inclusive antecipar o processo que está em operação dentro do grupo ligado ao presidente Bolsonaro.
A deputada Bia Kissis afirma que o estatuto já está pronto e, até a semana que vem, a ideia é que já se tenha os apoiadores necessários.
Entre os parlamentares do grupo do presidente Bolsonaro o entendimento é de que nada mais natural do que o próprio Jair Bolsonaro seja escolhido como presidente da legenda. No Congresso, o senador Major Olímpio – que tem batido de frente com o grupo do presidente da República – garantiu que, apesar dos problemas, o partido continuará apoiando o governo.
“O PSL, independente da decisão do presidente, continuará em sintonia com todo o projeto para uma economia liberal no nosso país, para recuperação do emprego e renda.”
Durante discurso no Senado, Major Olímpio citou o nome do presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar, desafeto do presidente Bolsonaro e disse que ele foi um dos responsáveis pela caminhada vitoriosa desde as eleições do ano passado.