O presidente chamou ministros para reunião nesta tarde de sexta-feira (23). Ele admitiu que não há provas contra ONGs de suposta ação incendiária na Amazônia
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na noite desta quinta-feira (22) com oito ministros para discutir medidas contra as queimadas na Amazônia.
A expectativa é de que o presidente se pronuncie nesta manhã de sexta-feira (23), durante a cerimônia pelo Dia do Soldado, às 10h, em Brasília. A repercussão mundial foi determinante para a resposta com ações mais enfáticas no combate aos incêndios na região amazônica.
Reunião ministerial
A agenda de Bolsonaro prevê reunião com ministros afeitos à questão, pela segunda vez consecutiva, cujo tema será os focos de incêndios, às 15h. Participam da reunião o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Secretario-Geral da Presidência, Jorge Antonio de Oliveira e o secretário executivo da Casa Civil, José Vicente Santini.
Bolsonaro admitiu em entrevista nesta quinta-feira (22) que não há provas de que ONGs teriam provocado incêndios na Amazônia, com o objetivo de deixar a imagem do Brasil comprometida lá fora.
Em edição suplementar do Diário Oficial da União, publicada na noite desta quinta-feira (22), Bolsonaro determinou aos ministros que adotem “medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal para a preservação e a defesa da floresta amazônica, patrimônio nacional”.
Exército em ação
O presidente pretende usar tropas do Exército, por meio de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A força armada também trabalhará na fiscalização para enquadrar autores de incêndios criminosos.
Em outra ponta, a política, o ministro chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni entrou em contato com governadores da região amazônica, para minimizar a cobrança do presidente, que detectou omissão de gestores estaduais. Segundo Bolsonaro uma parte nada faz para combater os incêndios, enquanto outra, oposicionista, chega a comemorar a situação crítica.
Além do Brasil, a Bolívia registra grandes focos de incêndios na região amazônica há três semanas.
Redação