O presidente Jair Bolsonaro colocou na conta das indústrias farmacêuticas a ausência de vacinas disponíveis para os brasileiros. Ele disse a apoiadores há pouco no Palácio da Alvorada, antes de viajar para Guarujá, onde ficará até o dia 4 de janeiro
“O Brasil tem 210 milhões de habitantes. Um mercado consumidor, de qualquer coisa, enorme. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles, então, não apresentam documentação na Anvisa? Pessoal diz que tenho que…Não, não. Quem quer vender… Se eu sou vendedor, eu quero apresentar, eu tenho que apresentar esses documentos”, reiterou.”, justificou para os apoiadores.
Quem foi infectado toma vacina?
“E agora, quem já foi infectado, como eu, tem que tomar (a vacina)? É impressionante, eu já assinei o cheque, R$ 20 bilhões, dinheiro de vocês. E tem gente de olho nesse dinheiro. É impressionante como uma ou outra pessoa que a gente conhece, sem dizer o nome aqui, jamais se preocuparia com a vida do próximo, a preocupação é outra, que eu não vou falar qual que é”, disse o presidente.
O presidente também voltou a questionar os possíveis efeitos colaterais por conta da aplicação da vacina. “E tem um detalhe, eu já falei, na bula, nos contratos, todos que eu vi, está escrito lá, ‘não nos responsabilizamos por efeitos colaterais’, que efeitos são esses? Não sei. Não vou nem fazer brincadeira porque depois falam que eu estou zombando, é coisa séria”, pontuou Bolsonaro.
“Certas coisas não podem ser correndo, está mexendo com a vida do próximo. A imprensa desceu o cacete em mim, agora se eu vou lá na Anvisa, que é um órgão de Estado, vão falar que eu estou interferindo. Até hoje não provaram minha interferência na PF. Falaram que estava lá na reunião secreta (entre ministros) e não estava”, emendou o presidente.
Após o bate papo, Bolsonaro partiu para o Guarujá, em São Paulo, onde irá passar o feriado.