O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso um oficio do presidente Jair Bolsonaro no qual não apresenta nenhuma prova das acusações.
O presidente alega que apenas está interessado em garantir a segurança do voto e afirma querer colaborar com a Justiça Eleitoral.
A resposta foi encaminhada ao TSE nesta terça-feira (3), um dia depois de o tribunal colocar o presidente na mira de duas investigações sobre os seus ataques às urnas eletrônicas.
No documento, Bolsonaro diz ao corregedor-geral do TSE, Luís Felipe Salomão, que, “premido pelo inarredável espirito público, republicano e democrático do qual é ápice o sufrágio universal”, encaminhou a resposta “no intuito de contribuir com essa nobre Justiça Eleitoral”.
O presidente menciona audiência pública realizada pelo TSE em 2018 sobre voto impresso e diz que “não sem razão diversos projetos de lei e até mesmo propostas de emenda constitucional tramitaram e vêm tramitando no Parlamento”.
Ainda segundo o presidente, “não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônicas, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem” —como se vê, o ghost-writer de Jair Bolsonaro escreve tão mal como ele.
Bolsonaro cita ainda uma resolução editada pelo TSE que regulamentava procedimentos nas seções eleitorais que utilizariam o módulo impressor nas eleições de 2018 —essa mudança, porém, foi revogada depois que o STF declarou, em junho daquele ano, a inconstitucionalidade da lei que aprovou o voto impresso.