Bolsonaro admite recebimento de PIX

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Bolsonaro admitiu ter recebido PIX de apoiadores e disse ter sobrado dinheiro até para “comer pastel” e “tomar caldo de cana" | Fotos: Eduardo Valente

 

Relatório do Coaf revela que presidente recebeu R$ 17,2 milhões em doações, incluindo depósitos de centavos até R$ 20

 

 

 

Em meio às polêmicas envolvendo o financiamento de suas multas judiciais, o presidente Jair Bolsonaro admitiu ter recebido transferências financeiras através do sistema PIX de seus apoiadores. A revelação ocorreu após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) divulgar um relatório apontando que o chefe de Estado recebeu expressivos R$ 17,2 milhões durante os primeiros seis meses do ano, que foram destinados para auxiliá-lo no pagamento de multas acumuladas durante seu governo.

 

O presidente fez tais declarações durante um evento promovido pelo PL Mulher, realizado na cidade de Florianópolis. Em suas palavras, Bolsonaro agradeceu o apoio e a colaboração dos seus simpatizantes, que realizaram doações variando de alguns centavos até, em média, R$ 20. Ele caracterizou esse auxílio como uma “vaquinha” realizada por seus apoiadores para ajudá-lo a quitar as multas que foram impostas pela Justiça em decorrência de questões políticas e administrativas.

 

O PIX, sistema de transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, tornou-se uma opção popular e conveniente para o envio de recursos financeiros em todo o país. Sua facilidade de uso possibilitou que apoiadores de Bolsonaro enviassem doações para ajudar a custear as multas acumuladas pelo presidente, o que levantou debates e questionamentos sobre a origem e a transparência desses valores.

 

Ainda durante o evento, Bolsonaro destacou que a quantia recebida excedeu suas expectativas, o que permitiu que ele tivesse sobras de recursos. De forma descontraída, o presidente afirmou que, com o dinheiro arrecadado, ele teve condições até de “comer pastel”, em referência à sua alimentação em situações informais.

 

Contudo, mesmo com a declaração bem-humorada do presidente, a questão levanta preocupações sobre a possibilidade de doações com valores elevados, vindas de fontes não identificadas, estarem sendo direcionadas para o pagamento das multas judiciais de Bolsonaro. Esse tipo de financiamento pode levantar questionamentos éticos e legais, uma vez que a identificação clara das origens dos recursos é fundamental para garantir a transparência no cenário político brasileiro.

 

Com o relatório do Coaf expondo a arrecadação significativa por meio de doações, é esperado que surjam mais debates e investigações em torno dessa prática de financiamento político. A transparência nas contas e no financiamento de campanhas e atividades governamentais é um tema crucial para a saúde da democracia, e a sociedade aguarda por esclarecimentos e medidas para garantir a integridade do processo político no país.

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