Bitucas de cigarro e resíduos agrícolas são reaproveitados para a produção de papel.
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) se dedicam a projeto sustentável para produção de papel artesanal e oferta de renda extra a agricultores familiares
Um grupo de pesquisadores percebeu a necessidade de otimizar o uso dos recursos naturais para possibilitar o desenvolvimento de novos produtos, a partir da reutilização de matérias primas e resíduos.
Eles integram o projeto “Desenvolvimento Tecnológico na Área de Produção de Papel Artesanal Utilizando Fibras Alternativas”, que objetiva descobrir novas matérias-primas naturais para produção de papel artesanal e oferecer renda alternativa aos agricultores familiares.
A iniciativa é do Laboratório experimental de materiais expressivos da Universidade de Brasília (Leme/UnB), com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (Fap-DF).
A equipe, coordenada pela professora Therese Hofmann, analisou resíduos agrícolas que podem ser utilizados como matéria-prima para a confecção do papel artesanal.
Aplicação
O projeto do Laboratório Leme viabiliza a aplicação do reaproveitamento das fibras da coroa de abacaxi, cana do reino, taboa, casca de cebola e helicônia para a produção de papel.
Resultados
Como resultado, a equipe produz, além de papéis artesanais, cadernetas costuradas e encadernadas, blocos de anotações com acabamento espiral, blocos de rascunho, cartões, pastas e envelopes.
Além do projeto de reaproveitamento de resíduos sólidos para reciclagem e inclusão social, o Leme também fabrica papel a partir do reaproveitamento de filtros de cigarros usados e utiliza aglutinados para confecção de giz pastel.
Parcerias
As atividades do Leme têm como parceiros: Banco Central, Brazil Foundation, Finatec, Ministério da Justiça, Sebrae e Moinho Brasil.