Bitcoin no lugar de bancos suíços para lavagem cibernética?

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Os esforços das autoridades na prevenção à lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo estão fortalecidos com a adoção da tecnologia em diversos procedimentos de combate aos crimes. Mas sempre tem um “mas”.

Os corruptos invariavelmente mantém contas em bancos suíços.  Ainda têm muito dinheiro oriundo de transações ilegais em seus cofres porque os correntistas têm anonimato garantido pelas instituições. O tradicional seguro sigilo fiscal. Os bancos suíços foram procurados durante o período 1940 e 1945, ou seja, na segunda guerra mundial. O crescimento no setor naquele país sofreu um boom inédito para a época. A busca era pela proteção do patrimônio monetário sob o sigilo oferecidos por diversos bancos que surgiram e se mantém até hoje com solidez.

As transações com bitcoin oferecem a mesma não identificação dos donos dos valores e contemplam rapidez nas negociações em criptomoedas. A lavagem cibernética teria sido a responsável na elevação do valor das cybermodeas?

Todo o fluxo de controle de riscos pode contar hoje com recursos tecnológicos, tais como a análise de dados, big data ou inteligência artificial. Mas a mesma tecnologia usada na prevenção está cada dia mais sendo utilizada para cometer o crime de lavagem de dinheiro.

Vantagem dos cybercriminosos

A grande facilidade que o mundo virtual oferece aos criminosos é a falta de regulamentação.

Criptomoedas, sites, aplicativos e jogos online não são obrigados a manter registros, instituir programas de due diligence para conhecer seus clientes ou obedecer as demais normas em vigor como seguem as instituições financeiras tradicionais.

Por ser online, os fraudadores podem optar em operar por países que possuem fraquezas em seus controles.

As criptomoedas são moedas digitais que oferecem a proteção dos dados do portador por meio da criptografia.

São diferentes da moeda tradicional porque proporcionam o anonimato, baixo custo por transação e a descentralização das informações, que é  viabilizada por meio da rede blockchain.

As criptomoedas cresceram significativamente desde 2017 em termos de valor e volume de transações. No mercado, o Bitcoin domina com mais de 40% de participação de mercado.

A expansão Bitcoin resultou em um aumento significativo dos riscos, fraudes e questões regulatórias. Esta moeda virtual apresenta desafios regulatórios nos controles anti-lavagem de dinheiro e sanções devido aos problemas de anonimato associados ao produto.

Os reguladores têm se esforçado para acompanhar o ritmo da velocidade de crescimento e da utilização das moedas digitais. Em uma base global, o quadro regulatório é fragmentado e em evolução, com uma coordenação e consistência limitadas.

Outro fator que dificulta o monitoramento do Bitcoin é o fato de ele não ser reconhecido como uma moeda, mas sim como um ativo. Esta é a mesma decisão tomada por legisladores em diversas localidades, entre elas o Brasil, o Banco Central Europeu e os Estados Unidos.

Como não é emitido por um banco central e por ser descentralizado, não possui, ainda, uma regulamentação. Por ser considerada um ativo, usuários podem trocá-lo por bens materiais ou realizar trocas (nas plataformas ou entre usuários) para uma moeda local.

O uso das criptomoedas em crimes

O produto bitcoin também deve ser considerado de alto risco porque pode estar diretamente ligado a outro universo criminoso envolvendo o mundo digital.

A deep web e a dark web são movimentadas pelo pagamento através das criptomoedas. Outras criptomoedas, como Dash e Litecoin, também são amplamente utilizadas nas transações nessa zona escura, onde ocorre todo o tipo de transações ilegais.

A rede mundial de computadores é formada por três camadas. A primeira delas é onde navegamos, conhecida por surface (superfície), com todos os sites indexados e acessíveis ao grande público por meio dos motores de busca.

A deep web é uma zona que não está indexada pelos canais de busca, mas que pode ser encontrada por quem utiliza softwares de navegação específicos que usam redes criptografadas e ocultam a identidade do internauta.

Saiba mais:

https://tudooknoticias.com.br/noticias/destaque/bitcoin-chega-a-r-284-mil-com-valor-de-quase-100-no-acumulado-de-2021/

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