Como amante da semântica, que trata de explicar o sentido das palavras, não resisto dizer que o vocábulo “bienal” significa aquilo que ocorre de dois em dois anos.
Para uns parece pouco, para outros cujo termo passa a se tornar designativo e associativo de determinado evento, sem dúvida é útil a explicação.
A Bienal de São Paulo, desde que fundada em 1951 era conhecida como Bienal Internacional de Arte de São Paulo e com muita razão tornou-se um dos três eventos do circuito artístico mais badalados internacionalmente junto com a Bienal de Veneza e a “Documentaem Kassel – Alemanha”. Esta última perdeu seu rumo ético quando se permitiu associar à obra “Targin Padi”, um coletivo artístico indonésio publicado na 15ª edição, 2002, e repleta de motivos antissemíticos, no contestado mural “People’s justice”ou “Justiça do povo”. Afinal, se é para promover discriminação e preconceito merece o ostracismo e sepultamento sem qualquer honraria.
Permanecem firmes a BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO e a Bienal de Veneza, como dois palcos em que editores, escritores e livros desfilam como obra de arte. Na verdade a ordem dos fatores deveria ter os escritores sempre em primeiro lugar, porque são eles que criam os produtos “pontes” entre editores e leitores/consumidores. Sem escritores nada do que existe existiria.
Hoje, na inauguração da 26ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO, meu foco foi o Prêmio Jabuti, concedido as escritores brasileiros. Então, espero que goste da entrevista com Vitor Tavares, Presidente da Câmara Brasileiro do Livro, que falou com exclusividade a este correspondente:
JV/PEF: Qual a importância do Prêmio Jabuti?
Vítor Tavares: A importância é muito grande, pois é um prêmio inclusivo, diverso e plurar. Cada edição estamos tendo recorde de inscrições. Quando assumi a presidência da Câmara Brasileira do Livro(CLB) tinha 1.500 inscrições. Na edição de 2022 temos 4.300 inscrições, só de autores brasileiros. O Jabuti premia somente autores brasileiros cujos livros foram publicados no ano anterior à sua concessão.
JV/PEF: O Jabuti engloba toda a produção literária do Brasil?
VT: Sim. A nossa produção literária é muito grande. Publicamos muito e os autores querem cada vez mais o “Jabuti”. É um prêmio super reconhecido de 64 anos que já premiou escritores como Jorge Amado, Cida Mendonça, Itamar Vieira Junior e outros. Para um país que tem um baixo índice de leitura, um prêmio literário que dura 64 anos, só mesmo a CBL e vocês escritores podem proporcionar isto.
JV/PEF: Você, como presidente da CBL, sente que o Jabuti é objeto de desejo dos escritores brasileiros?
VT: Acreditem, o Prêmio Jabuti é o mais importante prêmio literário brasileiro e por isto desejado pelos escritores. Como dizia Monteiro Lobato “um país é feito por homens e livros”.
Assista aos vídeo da entrevista no canal do Youtube: Escritor Judivan Vieira
Judivan J. Vieira
PhD em Ciências Jurídicas e Sociais
Escritor/Writer – Premiado/Awarded by ILBA, USA
Palestrante/Lecturer/Conferenciante
Procurador Federal-aposentado/Fiscal Federal-jubilado/Federal Attorney- Retired
Instagram: judivan.j.vieira / Facebook: judivan.j.viera
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