Basília Rodrigues é vítima de racismo e a CNN investiga caso

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Em post no Twitter, jornalista agradeceu o apoio do canal de TV 

 

A CNN está apurando suposto caso de racismo contra a jornalista Basília Rodrigues, comentarista política do canal desde março de 2020.

Segundo a agência de notícias Alma Preta, que publicou sobre o caso, houve reclamação interna sobre o cabelo da jornalista, que faz entradas ao vivo a partir de Brasília.

De acordo com relatos feitos ao Alma Preta, a edição do jornal Novo Dia, um dos quais a jornalista faz parte, chegou a reclamar que a jornalista estaria “descabelada”.

“Se ela fosse loira e de olho azul, você não estava enchendo o saco dela”, teria respondido uma funcionária ao ouvir o comentário.

A pessoa responsável pela reclamação sobre o cabelo de Basília é apontada pela reportagem como Tatiana Mocelin. Ela diz que estava apenas repassando orientações da chefia de edição. Igor Peixoto é o atual editor do Novo Dia.

No episódio, Basília teria mudado o cabelo de um lado para o outro em uma de suas entradas. Com isso, uma parte ficou mais volumosa. Uma pessoa ouvida pela reportagem relatou que é comum que, em casos assim, o jornalista seja avisado para arrumar o cabelo.

“Eu já cansei de ver esse tipo de orientação quando a pessoa está na bancada. Era a mesma coisa que deveriam ter feito: ‘Basília, quando você mexeu o seu cabelo de um lado para o outro, ele ficou fora do lugar. Só mexer ele de novo’. É um briefing e um cuidado para se ter com qualquer tipo de apresentador, e não tiveram com ela”, declarou.

“Em recentes participações ao vivo de Basília Rodrigues, os editores de imagem também optaram por ocultar a comentarista, deixar apenas a voz dela e se utilizar de imagens de apoio para ilustrar as entradas ao vivo”, diz reportagem.

Ainda de acordo com o site, “houve também reclamações acerca das participações de Basília por conta do fundo do vídeo da sua casa, uma parede toda branca”.

A CNN divulgou uma nota na noite de 5ª feira (15.abr.2021), depois que a notícia foi publicada, em que diz que a acusação é “gravíssima”.

“A CNN não tolera qualquer tipo de discriminação, seja racial ou de outra natureza, e apura com rigor e transparência qualquer denúncia”, lê-se na nota.

Em publicação feita em seu perfil no Twitter, Basília agradeceu o apoio recebido.

“Agradeço às mensagens de solidariedade e apoio que recebi aqui de tantos amigos pessoais, colegas de trabalho e também de pessoas que não me conhecem. Agradeço também pela posição adotada pela CNN Brasil”, escreveu.

O relato é grave e está sendo apurado. Deixa reflexões para todos sobre o que não queremos ser, parecer, nem deixar dúvidas, sobre o que não queremos para nós, nem para os outros.

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