A polícia de São Bernardo do Campo investiga o envolvimento de mais pessoas na morte de uma família encontrada carbonizada dentro de um carro na madrugada da última terça-feira.
Até o momento, duas mulheres foram presas: a filha do casal, Ana Flavia Menezes Gonçalves, de 24 anos, e a namorada dela, Carina Ramos, de 26 anos. Segundo os investigadores, foi encontrado sangue na roupa da filha; também houve contradições nos depoimentos das duas detidas.
O comerciante Romuyuki Gonçalves, a mulher Flaviana, e o filho Juan, de 16 anos, foram localizados já sem vida no porta-malas do carro da família na Estrada do Montanhão, perto do Rodoanel. O laudo do IML apontou que a causa da morte dos três foi traumatismo encefálico, possivelmente em decorrência de pauladas na cabeça.
O delegado seccional do município do ABC, Ronaldo Tossunian, ressalta que os depoimentos das duas suspeitas foram contraditórios:
A polícia também investiga se a mãe Flaviana foi obrigada a dirigir o carro da família, já com os corpos do marido e do filho. O porteiro do condomínio onde a família morava, em Santo André, viu a empresária saindo com o veículo por volta da uma da manhã da última terça-feira.
Pouco mais de uma hora depois, o carro foi encontrado em chamas na Estrada do Montanhão. O delegado do DEIC em São Bernardo do Campo revela que uma testemunha foi fundamental para as investigações do caso.
Segundo Paul Henry Verduraz, a pessoa deu pistas do que pode ter ocorrido dentro da casa e levantou a possibilidade de um homem ter ajudado as duas mulheres:
A polícia acredita que, além das duas suspeitas e do homem, outras pessoas estariam envolvidas no crime. No depoimento, Ana Flávia relatou que os pais estariam devendo dinheiro para um agiota e foram fazer o pagamento na noite dos assassinatos.
As investigações vão continuar e as duas permanecerão, a princípio, presas por 30 dias. Os corpos de Romuyuki Gonçalves, a mulher Flaviana, e o filho Juan, de 16 anos, foram sepultados ontem no Cemitério do Carminha, em São Bernardo do Campo. BandNews