A bancada evangélica já trabalha para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro. Ele obriga igrejas e templos religiosos a pagarem a CSLL, Contribuição sobre Lucro Líquido.
Parte importante da base de apoio do governo, o grupo ficou contrariado com a decisão do Executivo. Parlamentares das bancadas religiosas dizem ter votos suficientes para isso.
Para um veto ser derrubado no Congresso, é necessário o apoio de mais da metade dos deputados e dos senadores. O projeto que continha o item foi aprovado com folga pela Câmara e de maneira simbólica pelo Senado Federal.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos) defendeu o texto original.
“Restabelecia o texto constitucional de que as igrejas têm imunidade conforme está escrita na nossa Constituição. A importância disso é estratégica porque muitas estão prejudicadas por perseguições e atribuições de ilícitos que não cometeram”, afirma.
Ao mesmo tempo, os líderes do governo trabalham para reverter o quadro.
O próprio presidente Jair Bolsonaro já disse, nas redes sociais, que discute enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição para, segundo ele, definir o alcance adequado das igrejas nas questões tributária.
Em nota enviada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o governo diz que o presidente “se mostra favorável à não tributação de templos de qualquer religião, porém a proposta do projeto de lei apresentava obstáculo jurídico incontornável”