A arma que o ator Alec Baldwin disparou em um set de filmagem na quinta-feira (21), matando a cineasta Halyna Hutchins, foi entregue ao ator por um assistente de direção que disse que a pistola era segura, de acordo com informações presentes em um pedido de busca e apreensão.
O pedido foi autorizado pela Justiça de Santa Fé, nos EUA, na sexta (22) e revelou mais detalhes sobre a morte de Hutchins durante filmagem do longa metragem Rust.
O diretor assistente Dave Halls não sabia que a arma tinha munição de verdade e afirmou que ela não estava carregada gritando “arma fria”, segundo o documento judicial.
Além de Hutchins, o diretor Joel Souza, de 48 anos, que estava ao lado dela, foi atingido no ombro, mas sobreviveu. Ele foi levado a um hospital e depois liberado.
A roupa que Baldwin usava ficou manchada de sangue e a arma foram levadas como prova, assim como munições e outras armas cenográficas usadas na filmagem.
Baldwin foi interrogado pela polícia, mas até agora ninguém foi formalmente acusado de algum crime por causa do episódio.
Além de protagonizar o filme – uma história de velho-oeste – o ator também era produtor do longa. Baldwin afirmou que estava cooperando totalmente com a polícia do condado de Santa Fé, no Estado americano do Novo México.
“Estou com o coração partido pelo marido dela, seu filho e todos que conheciam e amavam Halyna”, escreveu Baldwin no Twitter. “Não existem palavras para descrever meu choque e tristeza envolvendo esse acidente trágico que tirou a vida de Halyna Hutchins, uma esposa, mãe e colega admirada.”
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Problemas na gravação
Hutchins era ucraniana e cresceu em uma base militar soviética no Ártico. Ela estudou jornalismo em Kiev e trabalhava em Los Angeles. Foi descrita como uma “estrela em ascensão” pela revista American Cinematographer em 2019.
Ela foi diretora de fotografia do filme Arqui-inimigo, dirigido por Adam Egypt Mortimer, no ano passado, e agora trabalhava na filmagem do longa Rust.
De acordo com o jornal Los Angeles Times, meia-dúzia de membros da equipe de câmeras do filme haviam pedido demissão algumas horas antes da tragédia por causa das condições de trabalho na filmagem, em uma praia próxima à cidade de Santa Fé.
Os trabalhadores afirmaram que o combinado era que ficassem em um hotel em Santa Fé, mas, após o início das gravações, eles tinham que dirigir 80km todos os dias para ir de Albuquerque ao local das filmagens.
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