Balanço da saúde no DF e primeiro final de semana com toque de recolher

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O Governo do Distrito Federal (GDF) divulgou um balanço das ações realizadas no combate à disseminação do Covid-19, na tarde desta sexta (12), em entrevista coletiva no Palácio do Buriti. Uma vez que esse final de semana será o primeiro, após o decreto de toque de recolher, a Polícia Militar do Distrito Federal juntamente com o DF Legal para coibir festas irregulares, onde tem sido verificadas muitas aglomerações.

A ideia é reprimir a realização desses eventos clandestino e buscar diminuir a quantidade de pacientes dando entrada em hospitais que atendem Covid-19. Já houve nas redes sociais interceptação de convites abertos dessas festas, inclusive.

O apelo é para que as pessoas fiquem em casa respeitem o isolamento e evitem aglomerações. Quanto maior são essas aglomerações maior é número de doentes que procuram os hospitais em busca de UTIs, que não estão disponíveis como seis meses atrás.

Empenho continua

O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, ao dar continuidade às coletivas de imprensa para atualizar a imprensa da situação da pandemia, das ações que o GDF executa para contê-la, disse que o objetivo também é orientar e informar a população do DF.

A preocupação do governador Ibaneis Rocha, segundo o secretário, é contínua e redunda em empenho para diminuir os efeitos da pandemia na população.

União é palavra de ordem

É preciso que a população entenda o momento que é de união. “O governo sozinho não consegue resolver. E preciso a união de todos para que a gene possa superar essa pandemia. Distanciamento social é importante, uso de máscara sempre, álcool em gel, isso vai fazer com que a gente sair dessa pandemia o mais rápido possível”, ressaltou Rocha.

Reunião com bancadas e setor produtivo

Rocha enfatizou que o motivo da entrevista é fazer um resumo da semana, Ele disse hoje foi um dia muito movimentado. Isso porque o governador Ibaneis Rocha se reuniu com integrantes da bancada distrital e federal. A pauta foi atualizá-los sobre as ações e situação dos trabalhos, bem como colher ideias e sugestões no sentido de melhorar o combate da pandemia.

O governador, pela manhã, visitou as obras da UPA da Ceilândia que está com 65% de ocupação. Nos próximos 30 dias serão inauguradas quatro das sete UPAs em construção, em Ceilândia, Paranoá e Riacho Fundo. O governador está muito empenhado nisso. O secretário da Casa Civil lembrou também que além da UTI há problemas nas Unidades de Tatamento Intermediários e nos ambulatórios.

Ações para o setor produtivo

Além disso, o secretário reportou que o governador Ibaneis Rocha se reuniu com o setor produtivo. E que o secretário André Clemente, preocupado com a questão econômica vem trabalhando para que consiga minimizar ou atenuar os efeitos da situação para o setor produtivo.

“Hoje, ele (Clemente) apresentou para o governador e alguns atos foram assinados. A questão do IPTU, postergou a cobrança do IPTU para os setores da pandemia para dezembro e parcelou esse IPTU em 12 vezes. E, também, fez a remissão do preço público para áreas públicas ocupadas por bares, restaurantes, que estão muito alcançados por essa pandemia”, pontuou Rocha.

Contratação de servidores

Também, Rocha destacou que Clemente vem possibilitando a contratação de vários servidores. Nessa semana, prosseguiu Rocha houve a nomeação de 64 enfermeiros, 50 especialistas em Saúde. Já na segunda (14) serão nomeados 112 assistentes sociais na Secretaria de Desenvolvimento Social, 50 na Secretaria de Justiça, nove na Secretaria da Mulher. “Tudo isso para que a gente possa dá um olhar diferenciado não só para a pandemia, mas também para questão social e para o setor produtivo”, acentuou Rocha.

Casos registrados

O secretário divulgou que nesta quinta-feira (11) foram registrados 1.858 casos. Na quarta (10) foram 1.551. “O índice que é mais preocupante com relação à disseminação do vírus que era 80 (índice de contaminação) e chegou a 1.38, vem caindo e agora, está 1.20 e agora está 1.22, lembrando que a preocupação é sempre acima de 1. O número está muito alto”, disse Rocha.

Todas as medidas de restrição, o toque de recolher visam diminuir a circulação do vírus, as internações, desafogar o setor de saúde para que seja possível retomar à normalidade o mais rápido possível.

Leitos

Quanto aos leitos, já foram abertos 179 leitos e até o final da próxima semana serão abertos mais 98. O detalhe, segundo Rocha é que, após a abertura dos leitos, são imediatamente ocupados. Do total de 179, todos estão preenchidos bem como os 98 porque há uma fila de espera de 160 pessoas.

Na visão de Rocha, só será possível mudar o quadro da pandemia com a mudança nas cabeças das pessoas. E, ainda, a conscientização que o momento é muito delicado e que é preciso a união de todos para ser superado.

Rocha justificou as presenças do comandante-geral da PMDF, Julian Rocha Pontes e do secretário de Proteção da Ordem Urbanística, Cristiano Mangueira, porque este é o primeiro final de semana após o toque de recolher ser determinado. O foco são as festas clandestinas, aglomerações que acontecem à noite. Assim, a participação de ambos se ateve ao que será realizado neste final de semana.

Segundo Rocha, Mangueira informou que, em três dias, de fiscalização foram vistoriados 36.758 estabelecimentos. Desses, 1.323 foram abordados. Com o registro de 27 multas, 97 foram interditados e três multas pelo não uso de máscaras. Ele explicou que o número de multas é baixo, porque diz respeito a quem se nega a utilizar o equipamento de proteção. Para os que não estão portando, a máscara é oferecida e a maior parte das pessoas aceita.

“A ideia não penalizar, é orientar. Essas multas são aplicadas para aqueles que falam: ‘não vou usar, não adianta’. Essas pessoas que são efetivamente multadas”, explicou o secretário da Casa Civil.

O Coronel Pontes, em seu pronunciamento disse que as ações são conjuntas com o DF Legal, na fiscalização. Hoje, ele conta com 16 equipes 100% dedicadas ao comprimento do decreto. Entre as ações, são realizados pontos e bloqueios nas principais vias do DF para orientação à população. Pontes reiterou que aquelas pessoas que insistirem em não cumprir a determinação do poder público, nós infelizmente usaremos o poder coercitivo.

Pontes contou que nessa semana, oito pessoas foram enquadradas no artigo 268 do Código Penal pelo não cumprimento de medidas sanitárias preventivas. É possível também realizar a prisão em flagrante baseada no artigo 330, que se refere à desobediência. Ele apelou, ainda que não é objetivo da Polícia, mas as pessoas têm que colaborar.

No final de semana, Pontes confirmou que serão focadas as festas clandestinas. Ele explicou que uma reunião com quatro ou cinco vizinhos em uma esquina o cidadão tem a falsa impressão que isso não causa a proliferação do vírus.

“Isso é um equívoco. Vamos reforçar todo o patrulhamento em todas as cidades do DF, uma força exclusivamente dedicada a essas festas clandestinas. E repito, a intenção da Polícia Militar é orientar e sempre ficar ao lado da população da comunidade do DF.“

Pontes acrescentou que para as pessoas que “não entenderem esse recado, iremos adotar as medidas necessárias para o cumprimento integral do decreto”.

O secretário de Proteção da Ordem Urbanística, Cristiano Mangueira, nos últimos três dias se confirmou confirma que a população do DF tem obedecido e observado os decretos. Tanto na questão do lockdown, quanto no toque de recolher. Há um percentual de 96% dos estabelecimentos comerciais cumprindo o decreto.

Multas  

Mas 4% que refletirá certamente na questão das internações hospitalares. Mangueira conta que já foram rastreados alguns anúncios de festas clandestinas pelas inteligências a PMDF e do DF Legal. Há monitoramento e equipes para autuar os promotores e ,individualmente, quem desrespeitar o decreto.

“Lembrando que a multa é de R$ 20 mil por descumprimento do decreto, R$ 2 mil por descumprir o horário do lockdown e R$ 1 mil reais por aglomeração, além de R$ 2 mil por máscara.” Segundo o secretário a fase de orientação já se esgotou. Mangueira acentuou que há variantes do vírus no DF e mais agressivas e as forças de segurança e fiscalização arriscam as vidas de seus integrantes em prol da comunidade.

Antes de o Dr. Petrus Sanchez falar, Rocha lembrou que há cerca de 400 servidores da Saúde dispostos a aumentar a carga horária de 20 horas para 40 horas. Na área de saúde foram mais de seis mil contratações de profissionais, demonstrando a preocupação e o esforço do governo para debelar a crise no setor.

648 leitos Covid-19

Petrus destacou que os servidores estão cansados, com enfrentamento contra a Dengue, Corona-19 e vacinação. Ele anunciou que a além da rede pública a rede privada também amplia a quantidade de leitos. Neste momento são computados 648 leitos com dedicação exclusiva à Covid-19 no DF. Há fila de 160 pacientes aguardando para ser internados. Perto mil pacientes estão intubados ou em vias de ser intubados. Com muito perfil epidemiológico mais jovem.

“O apelo que a gente faz aqui ao público jovem que é o que circula muito de que não é só a questão de portar e transmitir aos idosos. É a vida de vocês também. Se transmite, se tem essa circulação é uma condição que vai estar também sendo acometida para esse público a necessidade do leito de UTI”, complementou Petrus.

O secretário da Saúde Osnei Okumoto, não esteve presente à coletiva porque esteve no Hospital Anchieta, que poderá ser utilizado, caso preencha os requisitos necessários, na ideia que foi inicial do uso de quartos de hotéis como leitos hospitalares. A adaptação com instalação de encanamento para oxigênio tornou inviabilizado pelo custo.

Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

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