Até onde vai a possessividade

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Por Miguel Lucena

Na pacata Acrelândia, onde o tempo parece se arrastar mais devagar que jegue de feira, um caso que faria Hannibal Lecter perder o apetite deixou o Brasil de queixo caído — e estômago revirado. Movida por ciúmes, uma mulher matou o marido e serviu o pênis dele como linguiça na feijoada. Era o fim do amor e o começo de um crime temperado com ódio, alho e loucura.

A cena, digna de um cordel de horror, foi descrita pela própria autora, que não apenas confessou o crime, mas fez questão de dar detalhes da “receita”. Segundo ela, não foi só raiva: foi também curiosidade. Quis ver qual era o gosto do sujeito que a traía. E o prato foi servido frio — ou melhor, quente, direto do fogão para o inquérito.

Há quem diga que ciúme é prova de amor. Mas quando o afeto vira afago com faca, e a saudade vira sarapatel de vingança, já estamos no terreno pantanoso da insanidade. A possessividade, neste caso, ultrapassou todos os limites — do respeito, da vida, da moral e até da gastronomia.

O amor pode ser cego, mas o ciúme enxerga demais. E, às vezes, alucina.

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