Arouck quer combater insegurança e impunidade na CLDF

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Por Josiel Ferreira

O policial federal Carlos Arouck (PRP) é candidato a deputado federal, acostumado a missões árduas, entendeu ser chegada a hora de dar sua cota de participação como parlamentar. Para tanto, concorre a uma cadeira na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sabendo que a rejeição à classe política é recorde.

A nova missão de Carlos é contribuir com a sua experiência e força de vontade para acabar com a sensação de insegurança e impunidade que faz com que as pessoas percam a esperança em dias melhores. O candidato tem ciência de que o Brasil vive em crise permanente: econômica, moral e a que considero a mais grave, a da segurança pública.

“Essa área eu conheço bem. O medo de sair às ruas já virou epidemia. O que posso oferecer é minha própria trajetória, minha determinação e energia para falar menos e fazer mais quando o assunto é o combate à criminalidade, à corrupção e a garantia dos direitos é uma batalha bem dura, tarefa de proporções assustadoras, mas vamos dando um passo de cada vez”, defende Carlos Arouck.

Confira a entrevista concedida pelo candidato e policial federal ao Tudo OK Notícias, na qual detalha o que faz um agente se interessar em concorrer a deputado federal.

 

Tudo OK Notícias –  Carlos Arouck, quais motivos os eleitores teriam para escolhê-lo representante no Legislativo federal?

 

Carlos Arouck –  Nunca exerci cargo político antes. Minha profissão como Policial Federal serviu para me dar uma visão mais completa das necessidades da nossa população. Apoio totalmente a operação Lava Jato e não permitirei que tentem acabar com ela. As investigações devem continuar e os culpados não podem sair impunes. Também acho vergonhosa a situação de privilégios de nossas autoridades e pretendo contribuir para terminar com todas as mordomias: fim de passagens de primeira classe, de carros oficiais, entre outras. Sou contrário ao foro privilegiado, ao excesso de impostos. Defendo a condenação em segunda instância, uma administração menos burocrática, o liberalismo econômico. E principalmente, a eleição somente de candidatos Ficha Limpa.

 

Tudo OK Notícias –  O que o levou a se candidatar?

 

Carlos Arouck –  Muitos conhecem minha trajetória como policial e ativista político. Meu objetivo é dar voz a todos que decidirem votar em mim. Nossos representantes hoje não nos representam, e isso é grave. Resolvi me candidatar a deputado federal pelo DF depois que percebi que só a indignação de pessoas comuns como eu não resolveria em nada o problema de corrupção e abuso de poder tão frequentes no Brasil.

Já participei de muitas manifestações nas ruas, coordenei movimentos, postei nas mais variadas redes sociais o repúdio aos políticos que não se cansam de enriquecer com dinheiro do povo, protestei na frente do Congresso, do Supremo, do Planalto… o resultado? Umas prisões seguidas de liberação dos presos; outros escândalos aparecendo; a tentativa de reeleição de candidatos ficha-suja; o desânimo dos cidadãos. Resolvi ter a coragem de concorrer com esses nomes nos quais não votarei de jeito algum e dar uma opção de candidato pelo menos para mim mesmo, minha família e outros que pensem como eu.

Como os demais cidadãos, faço parte dos “sem poder”. Mas o mais importante é que integro a parte limpa da sociedade. Contra todos esses poderosos envolvidos em falcatruas a melhor arma é rejeitar todos eles, ou seja, não votar nesses mesmos políticos que nada fizeram até agora. Eu vejo candidatos que já estavam no poder dizendo “Farei isso, farei aquilo…” Ora, porque não fizeram, então?

 

Tudo OK Notícias – Quais características suas lhe fazem crer que representarão bem o cidadão na Câmara dos Deputados?

Carlos Arouck –  Sou ficha limpa, honesto, acostumado a desafios e a cumprir missões árduas. As adversidades não me assustam. Apresentarei projetos de minha autoria, terei postura honrosa, votando pelos bons projetos, independente do autor. Fiscalizarei o Governo, participarei de comissões parlamentares e exercerei com entusiasmo todas as outras atribuições do cargo. Um deputado não realiza obras, mas apresentarei as reivindicações dos municípios por meio de minhas emendas. Buscarei o melhor para a comunidade, com ética, rumo à conquista do verdadeiro estado de bem-estar social

 

Tudo OK Notícias –  Você, que já analisa há algum tempo nossa conjuntura política, como vê as previsões dos institutos de pesquisa?

 

Carlos Arouck –  Vivemos hoje uma guerra política, com dois lados bem definidos em ataque constante; e uma guerra informacional, onde fake news se misturam aos fatos reais e confundem o público e até mesmo jornalistas experientes. Por isso, qualquer projeção que seja feita para as eleições deste ano corre grande risco de se mostrar totalmente inverídica. Pesquisas de institutos conhecidos, por exemplo, insistem em afirmar que determinado candidato mantém liderança, quando sabem que esses resultados são previsões sem sustentação na conjuntura nacional de incertezas.

Essas pesquisas tenderam a subestimar determinados candidatos. Nos últimos dias, a diferença entre o que é apurado pela pesquisa e o resultado final das eleições pode até se aproximar de um acerto maior. Também, quanto mais próximo do dia de votação, menor a probabilidade dos eleitores mudarem suas preferências.

 

Mas, de um modo geral, são inúmeros os exemplos até engraçados de candidatos que acabam por vencer, mesmo contra as previsões negativas. Há vários casos que mostram a trajetória do “azarão” que começa na campanha bem abaixo do esperado e termina com uma vitória esmagadora, que foge ao padrão. Num cenário de grande polarização política, isso se torna ainda pior, e as pesquisas podem servir a interesses escusos de um candidato contra o outro.

Nas últimas eleições americanas, os grandes institutos renomados de pesquisa tiveram dificuldade para explicar a subestimação de votos para o candidato Donald Trump, por exemplo.

O que as pesquisas nos dizem até agora para as eleições de 2018? Ainda há pouco que possa ser levado à sério. Em minha avaliação, somente a partir de agora a incerteza das pesquisas decairá.

 

Tudo OK Notícias –  É possível fazer um perfil do eleitor do pleito deste ano, o cidadão brasileiro que viveu tantos escândalos, crise financeira, mandos e desmandos dos Três Poderes? O que se pode esperar? Uma renovação política?

 

Carlos Arouck – O sentimento do eleitor para 2018 está confuso, tendendo para a não reeleição de políticos conhecidos. A probabilidade mais alta de que votem em um estreante é a oportunidade para que movimentos populares lancem seus próprios candidatos e apostem na renovação política.

 

Um dos grandes desafios de todos os candidatos neste ano está no resgate da confiança do cidadão na política. As pessoas não pretendem votar nos envolvidos na Operação Lava Jato, nem nos Ficha Suja. Após tantos escândalos de corrupção, delações e condenações, sobraram poucos nomes sem manchas, raras exceções. Há um espaço que pode e deve ser preenchido pelos novatos.

Os políticos antigos, de um mandato atrás do outro, terão que se reinventar para não ficarem simplesmente de lado. Boa parte das lideranças do momento vem de fora da velha política. Eu hoje aposto na renovação política como saída para descrença do brasileiro em seus representantes atuais. As urnas irão mostrar se, de fato, teremos uma oxigenação inaugurando um novo ciclo na política brasileira. A grande revolução será conseguir uma renovação política no Congresso nessas eleições de outubro, capaz de viabilizar as mudanças necessárias ao país e um diálogo mais direto com o eleitor.

 

Tudo OK Notícias – Vamos falar agora um pouquinho sobre essa nova forma de fazer política, que encontrou nas redes sociais força para se reorganizar e impulsionar seu candidato. É isso mesmo, Carlos?

 

Carlos Arouck – É verdade. A mídia tradicional já foi superada pela social. As redes digitais desempenham cada vez mais um papel preponderante no setor da política. A internet amplia os recursos dos candidatos, permite que alcancem um público mais vasto graças ao seu poder de penetração.

 

À diferença dos velhos meios de comunicação, lentos e pesados, essas ferramentas são instantâneas, atuam de forma viral, facilitam as pesquisas, a geração de conteúdos e atuam diretamente na aproximação junto ao usuário em busca de informações.

Funciona sem líderes e sem contar com a infraestrutura, o dinheiro e o apoio de grandes partidos e sindicatos majoritários. Não se baseia em estruturas organizativas, centros de comando ou coordenadorias.

 

A implementação de uma campanha política nas mídias sociais, na verdade, é o segundo passo de uma decisão anterior, a de ter uma presença digital séria e bem estruturada. O uso das mídias sociais em uma campanha eleitoral é uma complementação de outras ações de presença digital, como, por exemplo, a criação de um site ou blog onde o candidato possa apresentar seu perfil detalhado, ideias e propostas.

 

O impulsionamento de conteúdos políticos já foi autorizado e os perfis falsos estão proibidos. A influência das mídias sociais no processo de formação de opinião do eleitor vai garantir uma disputa acirrada nos blogs, páginas pessoais, Facebook, Youtube,Twitter, Whatsapp… Com verbas de campanha mais apertadas, o marketing político online será a solução do momento para a escassez de recursos, e vai se apresentar, com certeza, de maneira muito mais criativa e técnica. A militância virtual pode ser decisiva no caso de disputas acirradas.

 

Tudo OK Notícias – Nenhum candidato pode deixar de lado em sua pauta pré eleitoral, o discurso sobre soluções para um dos maiores problemas que atingem os brasileiros como um todo, que concerne a segurança pública. Você poderia, como policial com longa experiência, dizer o que pensa sobre essa questão?

 

Carlos Arouck – Em geral, os responsáveis pelos planos de segurança em vigor pertencem aos quadros policiais. O planejamento estratégico deve ser uma ferramenta separada da cultura corporativa eminentemente policial, para evitar que interesses de uma categoria contaminem as decisões tomadas nessa área. Sempre é importante levar em conta o balanço das experiências já colecionadas como base para aperfeiçoamento, a integração entre os diferentes órgãos envolvidos e o acompanhamento das atividades implementadas e seus resultados.

Por isso defendo a municipalização da segurança pública, forma eficiente de manter a polícia próxima dos anseios da sociedade. A população quer que pelo menos um mínimo de dignidade lhe seja garantido, como o direito de ir e vir.

O empreendedor deseja trabalhar sem medo de assalto e arrastão. O policial precisa se empenhar ainda mais, mesmo que o quadro propicie a omissão. A segurança pública eficaz traz prosperidade para todos e deveria ser a prioridade de qualquer governo.

 

Saiba mais sobre Carlos Arouck:

http://carlosarouck.com.br/

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