Arno Fischer: fotógrafo autodidata e influenciador de Cartier-Bresson

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Por Maurício Nogueira

Fotografias do alemão foram censuradas quando o Muro de Berlim foi construído. Escola de Arno Fischer se perpetrou nos trabalhos de Helmut Newton (1920-2004) e o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004).

Os amantes da fotografia têm grande oportunidade, a partir do dia 13 de novembro, de conferir a exposição “Arno Fischer – Fotografia“. A mostra, em exposição no Museu Nacional da República, é parte do acervo do fotógrafo alemão Arno Fischer. Nascido em Berlim em 1927. As fotografias em preto e branco de Fischer definem o estilo de gerações de fotógrafos, não apenas no leste da Alemanha. A mostra, uma iniciativa da Embaixada da Alemanha e do Goethe-Zentrum, em colaboração com o Museu Nacional da República, foi planejada pelo ifa (Institut für Auslandsbeziehungen) e oferece visão impressionante das várias fases da carreira de Arno Fischer.

O ponto de partida é o seu trabalho “Situation Berlin”, no qual ele se concentra nos quatro setores de Berlim e cuja publicação foi proibida com a construção do Muro de Berlim em 1961.

Prisioneiro dos britânicos na Segunda Guerra Mundial, Arno Fischer foi libertado em 1946. Ele foi carpinteiro antes de esculpir em madeira e fazer aulas de desenho na Academia de Artes de Berlin-Weißensee.

Autodidata e influenciador notório

Apesar de não ter formação técnica, começou a fotografar para sobreviver. Seus trabalhos para a revista de moda e cultura da Alemanha Oriental “Sibylle”, assim como retratos de personalidades e viagens pelo mundo acabaram sobressaindo.

A professora de Fotografia do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UnB Denise Camargo considera a exibição do trabalho de Fischer fundamental para os profissionais da área e público interessado.

Explica que ele “trouxe um novo olhar para a fotografia, elevando-a à condição de arte, com caráter autoral”. Frisa que Fischer fundou uma escola da qual participaram outros nomes mundiais da arte, como o também alemão Helmut Newton (1920-2004) e o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004).

“Fischer também produziu uma retratação do cotidiano no pós-guerra, uma fotografia em preto e branco belíssima, de altíssima qualidade. Ele acaba sendo uma referência para o próprio fotojornalismo alemão. E, apesar disso, é praticamente desconhecido aqui no Brasil.”

De 13/11 a 05/01/2020. Abertura: 12/11 às 18h30 com o curador Andreas Rost.

Local: Museu Nacional da República – Setor Cultural Lote 2,  Galeria térreo.

Entrada gratuita.

Foto: Divulgação/Arno Fischer

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