Argentina rompe com a Agenda 2030 e rejeita nova pauta globalista da ONU

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Por Carlos Arouck

O recente posicionamento do governo de Javier Milei, presidente da Argentina, ao anunciar sua dissociação da Agenda 2030 e do “Pacto Futuro” durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, foi recebido como um forte gesto de defesa da soberania nacional e da autodeterminação, repercutindo em debates sobre governança global e representação democrática.

A Agenda 2030, introduzida em 2015, foi o resultado de negociações entre pequenos grupos de burocratas globais e uma elite política. Dividida em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, a agenda foi apresentada como uma solução inclusiva para os desafios globais. No entanto, críticos, como o próprio Milei, questionam a legitimidade e a falta de transparência do processo, argumentando que a agenda foi imposta sem qualquer consulta real aos cidadãos ou aos governos de muitos países.

Segundo a Resolução 70/1, que oficializa a Agenda 2030, seus objetivos são “universais, integrais e indivisíveis”. Em outras palavras, as nações signatárias são obrigadas a implementar todas as metas, sem possibilidade de adaptação ou questionamento. Para muitos, isso representa uma imposição de cima para baixo, caracterizando um compromisso cego e acrítico com o poder global. A crítica do presidente argentino reflete a crescente preocupação sobre a legitimidade democrática dessas iniciativas globais e se elas realmente representam os interesses de todas as nações e povos. Ele defende que essa imposição unilateral não considera as realidades locais diversas. Alinhado com críticos da agenda, Milei a classifica como um mecanismo de controle e ampliação de poder político, atingindo desde a educação até a economia, sem deixar espaço para a soberania dos países signatários.

Muitos analistas, assim como a própria ONU, reconhecem que a Agenda 2030 está longe de ser bem-sucedida. O relatório de 2023 sobre o progresso dos ODS admite que poucos avanços foram feitos e que, em vários casos, os indicadores estão até piores que em 2015. Para Milei e seus aliados, esse fracasso premeditado serve como justificativa para deslegitimar os Estados nacionais e concentrar mais poder nas mãos de burocratas globais.

Com o “Pacto Futuro”, a ONU já está preparando uma nova agenda para o período pós-2030, que seria mais radical e ainda mais interventora em várias esferas. No entanto, o governo argentino se posicionou firmemente contra essa nova tentativa de controle global, destacando seu compromisso com a soberania e a liberdade. Ao se distanciar dessas iniciativas, Milei sinaliza uma política externa de confrontação ao que ele considera uma interferência indevida em assuntos internos.

A decisão do governo Milei gerou intensos debates, reacendendo discussões sobre a eficácia das políticas globais de desenvolvimento “sustentável” e o papel das nações em aceitá-las ou adaptá-las conforme suas realidades locais. Observadores internacionais continuam atentos aos desdobramentos dessa postura para compreender seus impactos na política global.

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