Aras será ratificado no plenário do Senado novo procurador-geral da República

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Augusto Aras, depois 23 a 3 votos na CCJ, vai ser confirmado sem possibilidade de ser rejeitado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na tarde desta quarta-feira (25) a indicação de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram 23 votos a 3.

O sub-procurador ainda precisa do aval do plenário da Casa — votação que deve ocorrer ainda nesta tarde devido à aprovação de regime de urgência. No plenário, Aras precisará dos votos favoráveis de 41 de um total de 71 senadores. Quase ao final da votação na CCJ, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ingressou na reunião e foi cumprimentar Aras.

Sabatina respondida

Por volta das 10 horas desta quarta-feira, começou a sabatina. Aras respondeu a perguntas dos senadores sobre sua possível atuação à frente da PGR e seu posicionamento diante de questões pertinentes aos senadores da República e à população. Ele esclareceu que seu alinhamento ao presidente não significa “submissão”.

“Não faltará independência a esse indicado. Não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos Poderes, mas de respeito que deve a relação desses Poderes”, declarou, acrescentando que “não existe independência” entre os Poderes sem “harmonia”. “Harmonia no sentido de que o sagrado interesse público prevaleça. Independência sem harmonia pode gerar conflito”, completou.

O subprocurador também falou sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Na análise de Aras, não há nepotismo na indicação.

Ele citou uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata sobre o tema com a interpretação de que a restrição não se estende a agentes políticos.

“A súmula que disciplina o nepotismo não a estende a agentes políticos. Em todos os Estados e municípios, há filhos e parentes de primeiro e segundo grau ocupando cargo de secretaria de Estado, secretaria de município sem que isso atinja nenhum valor constitucional”, disse.

Para Aras, a liberdade de expressão é fundamental para o exercício da democracia. Ao ser questionado durante a sabatina na CCJ do Senado, o subprocurador defendeu: “Quando falham os Poderes, quando falham as instituições, literalmente resta a voz das ruas, que é essa que faz a democracia.”

MP sem corporativismo

Ele negou que haja aspectos corporativistas dentro no Ministério Público. “O Ministério Público é talvez a única instituição no aspecto punitivista que não seja corporativista.”

Sobre a lei de abuso de autoridade, que passou por vetos do presidente Jair Bolsonaro, derrubados pelo Congresso Nacional na noite desta terça (24), Aras afirmou que, após a derrubada dos 18 vetos presidenciais, a lei “pode produzir um bom efeito”.

“Acredito que temos no Brasil, hoje, uma lei de abuso de autoridade que pode alcançar, sim, a finalidade social a que se dirigia à norma e pode, sim, produzir um bom efeito, porque é preciso que quem trate com a coisa pública tenha o respeito devido ao cidadão”, completou.

Faltou “cabeça branca” 

Sobre o andamento da Operação Lava Jato, Aras afirmou durante a sabatina na CCJ, que faltou um “cabeça branca” à operação para conter o que classificou como excessos. O termo é usado para classificar políticos da velha guarda nos partidos políticos.

“Talvez tenha faltado nessa Lava Jato a cabeça branca, para dizer que tem certas coisas que pode, mas tem muitas outras coisas que nós não podemos”, afirmou. Com informações da Agência Senado.

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