O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi reconduzido ao cargo, nesta quinta (23), onde permanecerá por mais dois anos, após o presidente Jair Bolsonaro assinar a nomeação
O ato será publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta (24). Durante a cerimônia de posse, ele disse que “não cabe ao MPF atacar a política”.
“Não cabe ao MPF atacar passionalmente indivíduos, instituições, empresas ou mesmo a política. O enfrentamento à corrupção requer investigação e metodologia científica, pois sua finalidade não é destruir reputações, empresas nem carreiras, mas proteger bens jurídicos”, falou.
Tolerância
Aras ainda disse que “com tolerância e respeito às diferenças, talvez possamos conviver com maior harmonia e paz sociais”. A cerimônia foi conduzida por Bolsonaro, que cumpre isolamento no Palácio da Alvorada, por videoconferência, mas o chefe do Executivo federal não discursou.
“Buscamos a unidade institucional. O autocontrole coíbe eventual militância partidária e ou ideológica, que prejudique a imparcialidade. A autocontenção ainda favorece o discernimento entre o combate à criminalidade e atos políticos. Quem não faz política, faz guerra. Nós queremos paz e harmonia”, continuou.
Ao falar sobre os dois anos em que esteve à frente da PGR, Aras disse que defendeu “pautas democráticas” e dos “direitos e garantias fundamentais”.
Participaram da cerimônia de recondução na PGR, realizada em formato híbrido no Palácio do Planalto, os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco.
Fora da lista
Nas duas indicações, o presidente Jair Bolsonaro selecionou Aras fora da lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), tradição que vinha sendo adotada pelos presidentes da República desde 2003. Ele ocupa o posto desde setembro de 2019 e seu primeiro mandato vencia este mês. Com informações do Metrópoles.