Aquele carnaval que passou

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Por Miguel Lucena

Zé Pereira começou o Carnaval na sexta, na Embaixada do Piauí, na Asa Sul, jurando que beberia “só um tiquinho”. No sábado, já reinava na Aruc, no Cruzeiro, quando topou com Cicinho, travestido de Rita Quarto de Bode. Entre um frevo e outro, juraram amor eterno até domingo, quando, nos Raparigueiros, Zé perdeu Cicinho e achou Emengarda. Ou achou que achou.

No Pacotão, exaltado, gritou “Fora Lula!” e, no susto, completou “Bolsonaro!”, confundindo Ernesto Geisel com um passista. Expulso por incoerência ideológica, rumou para a Feira do Priquito, em Ceilândia, atrás do delegado Crisanto. Queria registrar queixa contra Beto sem Braço, que lhe surrupiou a carteira enquanto ele furunfava com Luiz Borná.

Sem dinheiro, sem dignidade e sem memória, só restou a Zé a ressaca da quarta-feira, prometendo nunca mais beber… até o próximo Carnaval.

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