Por Josiel Ferreira
O chamado modelo de gestão compartilhada já tem o apoio da grande maioria da população do Distrito Federal é o que revela estudos realizados pelo Exata OP.
Implantado nesta segunda-feira (11) o modelo cívico-militar em quatro escolas de regiões administrativas de Brasília, com a presença de policiais militares e bombeiros dando aulas e participando de ações complementares, o Centro Educacional (CED) 308 do Recanto das Emas, CED 7 de Ceilândia, CED 1 da Estrutural e CED 3 de Sobradinho. Os colégios foram escolhidos a partir da análise socioeconômica da região, índices de violência e aproveitamento escolar.
Segundo pesquisa do Instituto Exata OP – 84,5% dos entrevistados aprovam a criação das escolas cívico-militares, e apenas 11,2% desaprovam e Não sabem ou não quiseram responder são 3,9%.
O Instituto Exata OP entrevistou 925 pessoas entre os dias 11 e 12 de fevereiro. A metodologia usada foi por fluxo nos principais pontos do Distrito Federal.
Os estudos realizados pelo Exata OP seguem métodos de pesquisa científicos em que a coleta de dados é feita por meio de amostras representativas da população estudada.
Decisão
O modelo de gestão compartilhada, na qual os militares cuidam da parte administrativa e os professores da parte pedagógica da escola, foi anunciado em 11 de janeiro pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Nas férias escolares, houve reuniões nas quatro unidades de ensino escolhidas como piloto. Segundo o governo do DF, para a escolha dos colégios foram considerados a violência na região, o baixo nível socioeconômico e o desempenho em avaliações do Ministério da Educação (MEC).
Outro critério foi a estrutura física da escola, que deveria estar apta a receber as atividades esportivas e musicais no contraturno.
Como é a gestão
No projeto piloto, policiais militares passam a atuar na gestão do Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural, no CED 3 de Sobradinho e no CED 308 do Recanto das Emas. O CED 7 de Ceilândia também está no projeto.
As unidades de ensino participantes do projeto vão adotar o mesmo formato das escolas militares em relação à exigência da disciplina e ao cumprimento de horários.
Cada uma das escolas receberá de 20 a 25 militares (policiais ou bombeiros) que deverão integrar o quadro de servidores. O acordo prevê, ainda, que policiais que participem do projeto sejam aqueles que estão com restrição médica e na reserva.
Além disso, estudantes terão que usar uma farda, vão ter aulas de musicalização e educação moral e cívica com os militares.
A iniciativa estabelece que, com um aplicativo de celular, os pais possam ter acesso ao que os alunos fizeram durante o período de aulas. Além do monitoramento, também estão previstas as seguintes medidas:
– Estudantes deverão usar um uniforme diferente, que será distribuído de forma gratuita.
– Meninos terão que usar cabelo curto; meninas, coque (cabelos presos);
– Cada escola vai receber de 20 a 25 militares – PMs ou bombeiros que estão na reserva ou sob restrição médica.
-A gestão vai ser compartilhada: professores, diretores e orientadores vão continuar cuidando da parte pedagógica. Os militares, das atividades burocráticas e da segurança, como controle de entrada e saída, horários e filas;
– Os policiais vão dar aulas, no contraturno, de musicalização, ética e cidadania.
O custo para aplicação da proposta em cada escola é orçado em R$ 200 mil por ano. Essa despesa deverá ser custeada pela Secretaria de Segurança Pública.
Pesquisa Exata OP (Completa)pesquisa 2 – fevereiro – GESTAOCOMPARTILHADANASESCOLAS – GDF