Aposta alta: PF mira Ciro e magnata das bets

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PF pede ao STF investigação sobre possível vínculo entre Ciro Nogueira e dono de sites de apostas

 

 

A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma representação sigilosa solicitando autorização para investigar supostas ligações entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, fundador da One Internet Group e proprietário de três plataformas de apostas: 7 Games Bet, R7 Bet e Betão Bet.

A iniciativa ocorre após o encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, em 12 de junho, sem a aprovação do relatório final que recomendava o indiciamento de 17 investigados, entre eles Fernandin OIG, por suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Durante os trabalhos da CPI, em 22 de maio, o senador Nogueira viajou com Fernandin a Mônaco a bordo de um jatinho Gulfstream. Ambos se hospedaram juntos em uma embarcação na marina do Principado, o que provocou críticas e levou a senadora Soraya Thronicke a solicitar a exclusão de Nogueira da comissão por possível conflito de interesses.

Relatórios de Inteligência Financeira indicam que Fernandin transferiu R$ 625 mil ao ex-assessor de Ciro Nogueira, Victor Linhares de Paiva, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024. Segundo as investigações, Paiva teria repassado R$ 35 mil à conta do senador. Nogueira justificou o repasse menor como reembolso de despesas com hospedagem em Capri, na Itália, e alegou que os R$ 625 mil se referem à compra de um relógio Richard Mille, intermediada por seu ex-assessor.

Outro ponto levantado pela PF é a aquisição de imóveis em Teresina por Fernandin. Em um dos casos, o empresário teria comprado três apartamentos em um edifício cujo sócio é a empresa “Ciro Nogueira Agropecuária e Imóveis”. Embora o senador reconheça ser sócio da companhia, nega ter participação direta nas transações.

O pedido de investigação foi distribuído ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, que deverá decidir se autoriza a abertura de inquérito. Até o momento, o STF não se manifestou oficialmente. A Polícia Federal e os envolvidos também não comentaram o caso.

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