Apenas 4% de jovens da classe A estagiam no país, segundo censo do Ciee

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(crédito: Marlos Bakker/Natura)

 

Levantamento inédito realizado pelo Ciee mostra que mais de 707 mil estudantes do Brasil estudam e trabalham. Entre eles, são mais de 72 mil no Centro-Oeste e 25,5 mil no DF

 

 

Apenas 4% dos jovens da classe A trabalham e estudam no Brasil. A informação consta de pesquisa do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) acerca dos estagiários brasileiros. De acordo com o levantamento,  40,4% dos estudantes que estão atuando no mercado de trabalho são oriundos das classes D/E, com renda mensal domiciliar até R$ 3 mil. Os jovens de classe C, com orçamento familiar de até R$7,2 mil, representam 37,7%.

Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do Ciee, observa que esse cenário histórico sempre foi uma tendência, mas em 2021 esse percentual aumentou. “Esses jovens buscam oportunidade de estágio não só como fonte de inserção no mundo do trabalho para conhecimento e bagagem prática, mas também para colaborar na renda familiar”, afirma.

Ainda segundo a análise, o Brasil conta com um contingente de 707.903 estagiários e a concentração está na região Sudeste, principalmente na cidade de São Paulo, seguido pela região Nordeste. Para chegar nesse índice, foi desenvolvida uma metodologia capaz de identificar o estagiário dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

O levantamento, encomendado à consultoria Tendências, também prevê alta de 13,3% no número de estagiários até o fim de 2022, puxado principalmente pelas vagas estagnadas durante a pandemia causada pela covid-19.

Para 2023, é esperado que a projeção de crescimento se mantenha, mas com menor ritmo, cerca de 8,3%. De acordo com Humberto Casagrande, CEO do Ciee, o aumento real do número de vagas será apenas a partir de 2024, já que mesmo com as previsões de crescimento, o número de estagiários não chegam ao mesmo patamar do nível pré-pandemia.

De acordo com Lucas Assis, analista da consultoria Tendências, o contágio econômico da crise sanitária foi mais intenso na população jovem. “A empregabilidade dos jovens brasileiros foi desproporcionalmente afetada. Os primeiros anos de estágio são essenciais. Quem começa em crise começa com uma desvantagem duradoura”, conta.

Confira a prévia do número de estágios nos últimos anos no DF:

2012 12.760
2013 14.271
2014 18.556
2015 20.261
2016 19.609
2017 24.410
2018 23.773
2019 23.437
2020 23.948
2021 25.498

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