AO VIVO: Dominguetti diz que Luis Miranda tentou intermediar compra de vacinas

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Renan Calheiros pediu a apreensão do celular do depoente depois que reproduziu diálogo em que Luis Miranda trata de intermediação de compra de vacina, supostamente

O representante comercial Luiz Dominguetti afirmou à CPI da Covid nesta quinta-feira (1º) que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) tentou negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a empresa Davati Medical Supply.

Os nomes de Miranda e da Davati vieram à tona, nos últimos dias, em razão de duas denúncias distintas de supostas irregularidades na compra dos imunizantes.

A declaração foi dada quando Dominguetti – que se diz representante comercial da Davati para negociações no Brasil – descrevia telefonemas que teria recebido de pessoas do governo com ofertas de “facilidades” para os contratos de vacinas.

“Muita gente me ligava dizendo ‘eu posso isso, eu posso aquilo’, mas eu nunca quis avançar nessa seara porque já tinha tido um processo todo doloroso dentro do ministério [da Saúde]. Nem eu, nem a Davati queria vivenciar isso de novo. Eu tenho informação que parlamentar tentou negociar a busca da vacina diretamente com a Davati, eu tenho essa informação”, afirmou Dominguetti.

O senador Humberto Costa (PT-PE) perguntou, então, qual seria o nome desse político. Dominguetti respondeu que era o parlamentar que havia prestado depoimento à comissão. Depois, questionado novamente, citou nominalmente Luis Miranda.

Dominguetti diz que não chegou a tratar diretamente com o deputado – que teria conversado com o CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho.

Luis Miranda e Davati

O deputado Luis Miranda entrou no escopo da CPI depois que o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmou ao Ministério Público ter sofrido “pressões atípicas” na pasta para liberar os documentos de aquisição da vacina indiana Covaxin.

Os irmãos depuseram à comissão na última sexta-feira (25), quando reafirmaram a existência de irregularidades nesse processo. O deputado disse que levou as denúncias ao presidente Jair Bolsonaro – que teria citado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) como possível envolvido e prometido levar o caso à Polícia Federal.

Bolsonaro já confirmou que se reuniu com os irmãos Miranda, mas disse que não ouviu tais denúncias da dupla.

Já a empresa Davati entrou no radar da comissão em razão de outras denúncias, feitas por Luiz Dominguetti ao jornal “Folha de S. Paulo” e divulgadas na última terça (29).

Segundo Dominguetti, que se diz representante da firma, o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Rodrigo Dias, pediu propina de US$ 1 por dose de Astrazeneca ao negociar um contrato de compra de 400 milhões de doses. A Davati seria uma intermediária dessa transação.

Na noite de terça, após a publicação da “Folha”, Rodrigo Dias foi exonerado. Na quarta, Dominguetti foi convocado pela CPI e, nesta quinta, compareceu ao Senado para prestar depoimento à comissão.

Assista abaixo:

https://youtu.be/R836qp7igts

 

Renan pede apreensão de celular de empresário 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a apreensão do celular do empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que presta depoimento nesta quinta-feira (1o) à CPI da Covid. O depoente apresentou o áudio em que Miranda faz tratativas na intermediação de compra de vacina, supostamente.

Dominguetti  se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, e disse em entrevista exclusiva à Folha na terça-feira (29) que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.

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